Capítulo 67 - Quase!

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Ela olhava para a mulher para ter plena certeza e poder rápido dar detalhes à mãe. Nem repara o irmão em trajes menores, mas sim a mulher deitada de bruços, de costas para a porta. Só via  seus cabelos compridos esticados no travesseiros e suas pernas, uma dobrada e uma esticada que o lençol parcamente cobria...

- Maite! –  Alfonso resmunga apena no tom, já que não podia aumentar a voz. E fecha a porta. 

Maite se encosta na parede do corredor perto da porta: Ops! Chegamos num mau momento, bebê. - Anabella mordia o dedinho indicador.

Alfonso coloca rapidamente a calça que saiu na noite anterior dá uma olha em Anahí. Ressonava... Torce pra que ela não acorde e sai do quarto fechando a porta.

- Cheguei numa hora imprópria? –  Maite pergunta com uma expressão engraçada.

- Muito sem graça, Maite! – pega a filha dos braços dela.

- Que boa maneira de dar bom dia, hein! E eu trazendo sua filha filha aos prantos....

- Vem pra cá. – Ele segura seu braço, saindo os dois da porta do quarto, indo para sala. – Por que ela está assim?

-E eu lá sei. Ficou bem um tempo, brincou, aí na casa da tia Bertha começou o choro. Não quis jantar direito, hoje não quis mamar, quase vomitou de tanto chorar.

- Chega, filha. – afaga as costas da menina que tinha a cabeça deitada em seu ombro.

- Deu um baile em todo mundo! Da próxima vez você vai junto pra ela não chorar tanto!

 - Tá bem, Maite, obrigado.

- Que isso? Tá me expulsando?!

- Dá pra falar um pouco mais baixo? - ele olha em direção ao quarto.

- Ahh, não quer acordar sua namorada, né?!- gargalha - Eu vi a mulher! É sua namorada do sítio? Tá explicado porque não queria ir almoçar conosco.. Hummm safado!

Alfonso dá uma risada, mais tenso. Anahí podia sair a qualquer momento e colocar tudo a perder: Não é nada do que está pensando.

- E você sabe o que eu to pensando? Não vai me apresentar?

-  Melhor você ir, Mai, depois nos falamos...

-  Nossa, eu pensei de tomar café com você já que você não fica mais com a família, só com sua namorada! Mane está subindo aí...

- QUÊ? - Alfonso se desespera.

- É, e ele ficou La vendo uma vaga na garagem, as suas duas estão ocupadas e também está trazendo os brinquedos da...

- Entendi, entendi... – Maite falava muito – Mas amanhã eu tomo café com vocês, hoje... - E Manelick abre a porta interrompendo. Alfonso começa a entrar em pânico. 

Manelick se aproxima sem anda saber da historia, sorridente, simpático com o cunhado, para um cumprimento: Olá Poncho, como vai?

Alfonso meio desnorteado: Bem, e você? 

- Bem... – e olha para Maite. Alfonso não aprecia muito contente de vê-los.

Maite entende e explica: É, amor, esse ingrato está nos expulsando. Ele está com uma namorada aí, sabe?!

Manelick segura o sorriso, deixa os briquedos e a bolsa de Anabella sobre o sofá: Então não vamos atrapalhar, amor.

- Mas eu queria conhecê-la... - Maite insiste.

 - Quando Alfonso quiser ele apresenta... segura a mão da esposa, que faz bico. Alfonso não acreditava que o cunhado o estava tirando dessa roubada - Vamos para casa, sabe que dormi mal hoje...

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