Capítulo 88

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O telefone toca na casa de Ruth, Armando que lia o jornal esperando o almoço, estava próximo, atende. Era Maite.

- Oi, minha filha, que horas vão vir?

-Justamente estou ligando para avisar que não iremos. A irmã de Mane vai embora hoje, então a família dele vem pra cá...

-Ah, entendo...

- Vai ser vocês e Alfonso. Vê se não dá mancada com a Anahí, aí. Ela não está envergonhada perto da mamãe, não?

-Como? Ela não está aqui.

-Não? Alfonso disse que ia pra aí hoje, pra não expor Anahí as visitas aqui.

-Nem ela, nem seu irmão. Nem ligaram.

-Ué, então não sei...Eles saíram já tem um tempo.

-Espere, está chegando gente... – e a empregada vem trazendo visitas. Maite escuta um cumprimento animado do pai, denunciando alguma visita agradável – Filha, chegou visitar aqui, mas tarde nos falamos.

- Beijos, pai. Até. – Maite desliga e vira-se para o marido - Ué, Poncho não está lá. Será que ele foi pra casa?

Realmente tinha ido.

-

Alfonso coloca o interfone de volta ao lugar e vira-se para Anahí:

- Pronta? É Christian, seu psicólogo. - Anahí balança a cabeça concordando, mesmo nervosa. Alfonso segura seu rosto e lhe beija. Pequenos selinhos apaixonados, de conforto, só interrompidos pela campainha que toca. Alfonso sussurra- Te amo.... – beija o dorso de sua mão e vai abrir a porta. Se cumprimentam com um aperto de mão e Alfonso o manda entrar.

Com dois passos, levantando o rosto, Christian tenta não mostrar surpresa ao ver Anahí, mas não consegue evitar arredondar os olhos. Pancho vem cheirar seus sapatos.

Alfonso apresenta: esta é Ana. - Anahí esboça um sorriso e esconde o cabelo atrás da orelha -  Vou deixar vocês a vontade. Vou dar uma volta com Anabella. - tira a menina do carrinho, pega a coleira de Pancho sobre um móvel – Esta é Bella, que já viu por fotos.

Christian segura a mãozinha da menina, mas Anabella o olha desconfiada: ela é séria...

- No primeiro contato sim. Logo ela estará pedindo seu colo. Bom, volto logo, sintam-se a vontade. – assobia chamando Pancho e sai.

Anahí estava nervosa: Pode sentar-se...

-

Marichelo havia concluído uma venda de suas peças de lingerie para uma famosa rede de lojas, agora conversava informalmente com o representante, seu amigo, no escritório de uma de suas lojas:

- Pois é, vou ter mais um neto, sim, esta quase nascendo. – lhe entrega uma xícara de café. 

O homem agradece:  Se Enrique fosse vivo, estaria muito contente.

- Verdade. Ainda mais com Anabella, filha de Anahí, sua preferida, sempre. Ela já faz um ano semana que vem.

- Nossa, como passa rápido.

-Demais... Ao mesmo tempo que eu deveria estar feliz: vou ganhar um neto, minha neta está crescendo, mas... também faz um ano sem minha filha. Ninguém faz ideia do que eu faria para tê-la de volta. Se pudesse dar minha vida em troca da dela, eu daria, com prazer.

- Não diga isso, Marichelo... – pousa sua mão sobre a dela. Marichelo se surpreende com o gesto, levanta o rosto para ele e puxa delicadamente sua mão - Você é uma mulher forte, inteligente, de garra. Vai superar isto com o tempo. E seus netos serão de ajuda.

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