Capítulo 86 - Fuga

161 11 0
                                    


Alfonso irritado desliga xingando: Já está na imprensa! Que vou fazer? Preciso sair daqui com Anahí! - Ele acelera para chegar ao sítio. Chega meio desesperado, abre a porta afoito que assusta Maria e Anahí na sala:

- Que foi, Poncho?

Alfonso relaxa os ombros: nada...

Com a chegada dele, Maria se despede: Bom, patrão chegou, eu já vou. Ate amanha, precisando de nós é só chamar, patrão. – E sai. Mas ele vai atrás de Maria.

Anahí arqueia as sobrancelhas e vai ate a janela, os vê conversando nos degraus da varanda. Não demora muito Alfonso volta com uma feição pesada, preocupada.

- O que você e Maria conversavam? - ela fica curiosa.

Alfonso não podia dizer a verdade: ... Você não me disse ontem que queria dormir no quintal? Falei com Maria para avisar Pedro que não soltasse os cães.. Vamos acampar no quintal!

Anahí fica surpresa, ele atenderia um mínimo pedido dela, mesmo sem importância. E ainda surpresa recebe os lábios dele nos seus e assim fecha os olhos. Alfonso com toda a tensão no meio do beijo solta um suspiro.

....................................................................................................................................


Como haviam acampado perto da piscina, os três tomavam café também por ali. Alfonso tinha a boca aberta, esperando Anabella lhe dar algo à boca, e quando ela o fazia mordia o dedo dela. A menina ficava aflita, gritava rindo fazendo graça para os pais.  Até serem interrompidos por Pedro, que bem sério, como não era o costume, os interrompe.

- Que foi, Pedro?

Pedro olha para Anahí depois para Alfonso: Er, tem uma pessoa no portão, quer falar com o senhor.

- Quem? – Alfonso percebe que Pedro não queria dar muitos detalhes – Ok. – entrega a filha para Anahí – Eu já volto. Agora dá comida para mamãe, Bella.

Anabella entende, pega um dos pedaços de fruta sobre o prato e leva a boca de Anahí. Mas ela recusa:

- não, mamãe não quer não. Já estou com azia essa hora da manhã... Agora é sua vez. Abre o bocão!

Alfonso ia caminhando a entrada com Pedro, que contava:

- É uma mulher que quer ver D. Anahí. Diz que é amiga dela. Eu já falei que ela não está aqui, mas a mulher insiste.

Alfonso xinga, aperta o passo para o portão. Pedro abre e saem os dois. Alfonso logo reconhece Maíra, que estava com sua filha, para passar um pouco mais de credibilidade.

 – Pois não?

- Oi, prazer, eu vim vistar Anahí. Sou amiga dela. – estica a mão. Alfonso mesmo sem querer, mas educado responde rapidamente ao cumprimento:

- Não sei quem você procura, mas aqui não tem nenhuma Anahí.

- Como não? Aquela moça loira, ah você sabe quem é, sua esposa, não é? Você é  Alfonso ?

-  Sou eu sim. E suponho que você saiba também o que aconteceu com minha esposa há quase um ano atrás.

- Sei sim, mas não entendo, aconteceu alguma coisa ela está viva.

Alfonso respira fundo para se controlar, saber o que dizer: Aqui não tem nenhuma Anahí, senhora, tem uma mulher que toma conta de minha filha, chama Ana apenas.

- Isso mesmo. A Anahí. Por que vocês escondem ela? Ou ela é tão parecida assim?

- Com licença, estou muito ocupado. Aqui não tem ninguém que a senhora procura. Vamos Pedro.

NostalgiaOnde histórias criam vida. Descubra agora