Capítulo 71

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Alfonso recosta na cabeceira: não lembra?

- Não!

-Não lembra do seu showzinho?! - Anahí franze a testa tanto pela dúvida quanto pela dor de cabeça e Alfonso continua - Você veio bebendo da boate até aqui. Chegando em casa fez um striptease...

Anahí leva as mãos à boca: Eu não lembro de quase nada. Nós dançando, um celular e depois choveu, né? 

- E você tirou toda a roupa debaixo de chuva apesar de eu tentar te impedir. - pela expressão de espanto dela, Alfonso não consegue mais segurar - Mentira, bobinha! -  Cai na gargalhada quando  Anahí leva a mão ao peito soltando um suspiro de alívio: 

– Que susto, Poncho! – senta na beira da cama.

Alfonso fala sério: Você bebeu demais ontem, Ana. Muito além da conta. Vomitou no meu carro – ela se mostra surpresa – Eu tive que te jogar no chuveiro pra ver se melhorava mas nem assim. 

Anahí engole a seco, fica vermelha, nem o encara : E você tirou minha roupa?

- Não podia te deixar molhada até agora. E a minha também; tive que entrar com você no chuveiro já que não se agüentava em pé. - Anahí tinha uma expressão muito receosa, para acabar com os medos dela, Alfonso tenta tranqüiliza-la-  Não aconteceu nada que você não quisesse.

- Nada que eu não quisesse?

Alfonso é claro: Eu tirei sua roupa mas não significa que fizemos amor. Você ainda me agarrou e me beijou- Ela arregala os olhos – Mas eu não ia abusar de você. Nunca desrespeitei uma mulher não ia fazer justo com você, que não tinha consciência do que estava fazendo.  - Anahí fica muito aliviada com as palavras dele e as batidas de seu coração demonstram que estava encantada. Ele realmente era diferente, ela pensava o encarando sem dizer nada - Aposto que está com tremenda ressaca. 

-Sim, e minha cabeça dói.

- Vou trazer um analgésico pra você. Esta com fome?

- Não, só sede... -  aproveitando sua saída do quarto,  ela corre à mala e pega uma roupa íntima, vestindo rapidamente. Quando ele retorna, ela já estava deitada novamente com o lençol até o pescoço. Toma o remédio e água e se desculpa - Perdão pelo seu carro.

-Nada que uma lavagem não resolva. Durma que ainda é cedo... Preciso resolver umas coisas... – lhe beija a testa e sai do quarto fechando a porta. 


Anabella acorda aos gritos, cedo... Christopher ouvia ao longe, mas desperta: 

- Que barulho é esse? 

Bruna também desperta, ao seu lado. As vezes dividiam a mesma cama: Sua sobrinha chorando... - Sem dar muita importância, ele vira para o lado, cobre a cabeça e volta a dormir, deixando Bruna irritada - É assim que pensa fazer quando Guillermo nascer? - Mas Christopher nem responde, ronca. Bruna finge que vai socá-lo. Leva a mão perto mais recua. Levanta para ajudar. 

Encontra Marichelo já na cozinha com a neta, descongelando o leite de Anahí. Bruna tenta pegar a menina que chora mais forte agarrada no pescoço da avó, que no meio da choradeira, soluços, sílabas sem nexo, percebe:

- Mamãe? Ela falou mamãe, Bruna?

- Parece que foi.

Marichelo não cabe em si de alegria. Abraça a neta e a nora, beija e ensina: Mas é vovó. Mamãe não. Eu sou a vovó. 

Anabella só para de chorar quando a avó lhe da a mamadeira de frente ao canil. Os cães de pé na grade tentavam cheirar a visitante. 

Marichelo apresentava: Essa é a filha da Anahí. Viram como ela cresceu?  Bobby, lembra que você tirou foto com ela novinha? 

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