Capítulo 101 - Reviravoltas

185 14 4
                                    


Anahí havia dormido muito mal no sofá. Na verdade nem havia dormido, estava triste demais para poder dormir. Cada um em seu canto: Alfonso na cama, Anabella no berço, e ela ali... tinha companhia de Pancho, aos pés do sofá. Ela o acariciava por toda a madrugada.

Quando escuta os passos do sapato de Alfonso, ela para, finge que dormia. Ele já estava pronto para o trabalho. Ela sente que ele se aproxima a borda do sofá. Ela com olhos fechados.

Está fingindo, pensa que não sei. – ele pensa. – Ana! - A chama.

Ela demora um pouco para abrir os olhos, se espreguiça: humm oi.

- Eu já vou. Anabella já esta acordada, e por favor, não esuqeça o que pedi, espere eu chegar.

- Está bem, Alfonso. Não me esqueci.

- Obrigado. Bom dia. – ele sai.

Anahí não consgeue segurar, as lágrimas vêem mais uma vez.

-

Pedro abre o portão do sítio: Pois não? Em que posso ajudar ?

- Viemos por causa de denúncias que tem peturbado a cidade. Aqui é o sítio da família Herrera, não?

- Sim, senhor. - Pedro responde receoso diante da autoridade policial.

- Tem alguém da família na casa?

- Não, senhor.

- O que tem a dizer a respeito desses boatos que a mulher, a... – se esquece o nome.

Pedro ajuda: Dona Anahí. - depois se arrepende.

- Isso. Está viva? Ela está aqui?

- Mentira, senhor. - Pedro cria coragem.

- A família esteve aqui há poucpo tempo?

- Já tem um tempinho, senhor.

- E ela não?

- Não senhor, morreu. – ele abaixa a cabeça, teme mentir.

- Tem certeza?

- Claro, senhor.

- Hum... Podemos dar uma vasculhada no local?

- Claro, senhor. – Como iria negar a dois policiais fardados e armados? E abre mais o portão dando passagem.

- Onde é a casa? Nos leve até lá.

- Lá embaixo, me acompanhe. – e vai guiando os homens.

Javier que já vinha atrás do pai, para assustado ao ver os poliicias descendo. Corre para casa:

- Mãe! Mãe! – ofegante. Maria recolhia a roupa no varal - Mãe, a polícia pegou meu pai! A polícia pegou meu pai!

- O que está dizendo, menino?!

- Vem ver, mãe. – puxa Maria pela mão ate a entrada de sua casa, onde ela vê Pedro e os homens indo para a casa dos patrões .

- Senhor nas alturas!! - Maria fica nervosa.

--

Anahí já estava pronta para ir. Olha pela varanda para fora, já havia anoitecido. Olha no relógio, 19h05.

Alfonso iria chegar a qualquer momento. Ela senta com Anabella no sofá, em seu colo de frente a ela. Beija a mãozinha da menina, lhe acaricia o rosto.

- Mamãe vai sentir muito a sua falta. Mas eu prometo que vou fazer tudo para te ver. – Anabella segura o cordão dela que Alfonso havia dado, com a letra A. Anahí percebe – Eu já havia me esquecido, não tiro nem para tomar banho... – e tira. Coloca em Anabella, fica enorme. A menina fica olhando para o cordão, já leva uma mão a ele, curiosa. – Promete que nunca vai esquecer da mamãe? – Anabella larga o cordão e abre um sorriso gostoso para Anahí, que se derrete, retribui o sorriso, lutando para não chorar. Mas quando a menina a abraça, é impossível resistir.

NostalgiaOnde histórias criam vida. Descubra agora