Capítulo 110 - Prisão

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Dulce já estava pronta para o ir ao jornal, vai até a cozinha onde Christopher tomava café lhe acaricia o cabelo quando passa atrás dele:

- Dormiu bem?

- Na medida do possível... - vira para ela – Já pronta?

- Já são 8h da manhã. Não vai hoje?

- Não. Tenho coisas a resolver. Tenho que falar com minha mãe...

- Certo, eu aviso.

- Não conte nada disso, por favor... Eu que tenho que fazer, mas não agora...

- Claro que não, isso é particular seu. – senta do outro lado da mesa redonda, de frente a ele para também comer.

Após um breve silêncio, Christopher se pronuncia: Obrigado por dar abrigo a um maior abandonado.

Dulce sorri através dos olhos com o comentário dele: Eu não costumo prestar favores a moradores de rua porque eles se acomodam, mas foi uma exceção.

Christopher segura a mão dela: obrigado. – diz a encarando. Dulce sente um arrepio subir por sua espinha, umas cócegas na barriga que aumentam quando ele puxa sua mão e beija o dorso.

Dulce recolhe sua mão e repara: Você me sujou, Christopher! Isso é requeijão?- limpando sua mão um pouco gordurosa.

- Não, manteiga. Requeijão tem muitos triglicerídeos, estou querendo controlar o peso.

- Então limpa essa boca, me babando.

-

Num dos apartamentos do edifício, um casal discutia:

- Eu vou avisar a polícia! Eles não podem ficar escondendo a mulher e outra sendo julgada injustamente.

- Mas você viu Anahí?

- Alguns vizinhos aqui disseram ter visto... - sendo apenas 2 - Aqui no prédio , viu! Eles podem prestar depoimento. Mas não tem coragem. E já está perto o julgamento da mulher, não vou deixar essa injustiça acontecer!

- Nao se mente, homem!

- Fica quieta, mulher, eu sei o que faço!

-

Alfonso conversava com Maite e Manelick que ainda estavam em casa.

- Que horror. Coitado do Christopher. - Maite tinha empatia - Ele esava tão feliz com o menino. - O telefone na casa toca - Eu atendo. - Se retira deixando os dois homens sozinhos.

- E Anahí como reagiu? - Manelick pergunta.

- Está mal por conta da família. A deixei lá. Fiquei de levar roupas mas tarde. Essa vida de nômade, já esta cansativa.

- Ebvocê nem contou a ela?

Maite volta trazendo o telefone sem fio: Poncho, é papai. – lhe entrega o aparelho. Ele atende:

- E aí, Alfonso, contou a Anahí? Como ela reagiu?

Alfonso olha para os presentes: Ainda não...

-

Christopher já estava em casa. Conversava com a mãe no escritório. Anahí havia dado privacidade a eles. Estava passeando com Anabella pelo jardim. Ia levá-la ao canil da casa.

- Eu a odeio mãe. Estou com muita raiva, muita, muita raiva dela! - Christopher confessa.

- Ainda não sabemos realmente o que aconteceu, Christopher.

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