Nostalgia

Capítulo 65

Alfonso já estava livre do trabalho, mas como combinado passa na casa que a imobiliária havia contatado. O corretor, com ele dava detalhes. Alfonso estava interessado, gosta da casa. Era como ele queria: duplex, com jardim, garagem...menos um detalhe: não tinha piscina.

O corretor se explica: Esta não possui, mas como colocou no seu cadastro que era ocpional...

- Essa não é de toda mal. Mas espero outra no meu agrado. Boa tarde. – se vai rápido. Olha no relógio enquanto se dirigia ao carro: Já deu 18h... Coitada, Anahí sozinha em casa esse tempo todo... - corre para casa.

Ao chegar no apartamento, Alfonso já estranha ao abrir a porta sem ser pego pelos trincos. Anahí havia esquecido depois do entregador. A casa silenciosa. Avista logo as duas caixas do restaurante encima da mesinha. Ele abre a que estava por cima, da torta. Quase toda ali ainda. Seu coração dispara. "De novo, não".  Será que ela saiu?

- Anahí! – chama sem pensar.

Buscando por ela, entra em seu quarto. Ela não ouvira porque dormia. Pancho a seu lado também. Ele respira aliviado. Ate dá um sorriso. Resolve não acordá-la. Tira os sapatos, coloca o terno sobre uma poltrona. Pega uma roupa no closet e entra para o banho. Toma um banho para relaxar, dá tempo dela acordar... Mas quando sai do banheiro, ela ainda dormia, apenas havia mudado de posição, virada de lado para fora da cama. Ele acha incomum, mas a deixa dormir. Aproveita e telefona para a irmã para saber noticias da filha. Já sentia saudades.
Em cima do balcão, prova a torta. Não era muito chegado a doces. E nota que a comida, nem havia sido mexida. Encima do fogão também não tinha nada. Sinal de que Anahí também não havia preparado nada, não havia almoçado. 

Já era muito preocupante, Alfonso volta ao quarto. Ela tinha um sono incomum...Ele se achega a beira da cama, do lado que ela estava e se agacha a sua frente. Com uma mão afaga sua cabeça e a outra seu braço:

- Ana... - diz baixinho – Já cheguei...

Ela vai brindo os olhos devagar e o encontra com um sorriso fofo. Coça os olhos:

- Ai, acho que dormi muito, que horas são? – com carinha de sono. 

- Faltam 15 minutos para as 19h.

- Nossa! –  ela senta recostando na cabeceira e Alfonso se ergue do chão

- Por que nem mexeu na comida que mandei pra você? 

- Estava morrendo de dor de cabeça quando chegou, eu vim deitar um pouco pra ver se passava e apaguei...- boceja – Se você não chega acho que iria até amanhã. 

- De barriga vazia... - toca os joelhos dela já que estava com a perna dobrada -  E a dor melhorou?

- Passou...

- Ótimo porque...

Ela o interrompe: Eu me lembrei! - Alfonso sente o coração parar, sua respiração cessar, não consegue dizer nada. Ela continua - Eu já sei meu nome... – Alfonso ergue as sobrancelhas – O porque do cordão ter a letra A. – ela aperta o novo que Alfonso lhe tinha dado – Meu nome é Ana! – E se dá conta- Assim como você me chama!

-Ana? – é tudo que ele consegue dizer, o coração voltava a bater novamente.

- Sim, do nada eu lembrei, tive uma visão, não sei... Era mais uma menos uma casa como essa. E alguém me chamou: Ana!

Alfonso ainda tinha os olhos arregalados: Quem te chamou?

- Eu não sei, era um homem, estava de costas, sentado...Mas tinha cabelos pretos. 

Alfonso engole a seco. Ela estava tão perto da realidade, faltava pouco:

-Hoje liguei para o especialista que o neurologista recomendou mas não tinha um horário para você. Fiquei de ligar depois.