Capítulo 60 - Saída

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Manelick chega em casa na hora de costume, por volta de 02h00am, deixando poucos clientes no restaurante e a equipe de limpeza já pronta para quando o último saísse, e estranha o som relativamente alto na casa. Quando Maite ia cedo para casa, essa hora ou já estava dormindo, ou lendo algo na cama... Mas dessa vez, abre a porta e a encontra na sala, cantando. Ao vê-lo corre e o abraça:

- Ai meu amor, que bom que chegou!

- Que foi, Mai? Algum problema? - a beija rapidamente - Por que esse som essa hora? - ele desliga

- Meu amor, você não vai acreditar.

-Se você não me contar...

- Eu ouvi a voz da Anahí!!

Manelick gargalha: Ai meu amor...- continua rindo.

Maite estava séria: Eu não vejo a graça, estou assustada!

Manelick beija a testa dela e vai andando para o quarto: Onde você ouviu a voz dela ? No telefone? - ainda rindo.

Maite o segue: Como você sabe? - Manelick pára e vira para ela- Eu liguei pro meu irmão no sítio e foi ela que atendeu.

- Maite, que absurdo. Acredita em fantasma agora?!

- Eu não acredito, minha amiga não é um fantasma. Mas não é a primeira vez, lembra aquela vez do carro?

- Como eu podeira esquecer? Você chegou passando mal no restaurante dizendo que tinha atropelado Anahí, depois de morta!

- Então, segunda vez. Eu to com medo... eu preciso orar, Mane.

-  Precisa mesmo, amor. - bate palma para desligar a luz que era acionada por movimento.

Maite grita: Não! - bate novamente para acender. - Escuro não, Mane, eu to com medo.

Manelick tenta controlar para não rir: Vamos dormir, amor. -pega a mão dela e leva para o quarto.

Maite senta na cama enquanto ele vai tirando a roupa: Isso deve ser um aviso. 

- De quê? 

- Que eu não devo me meter em ficar arrumando namorada pro Poncho

- Isso eu concordo, não deve mesmo. - com outra roupa na mão entra no banheiro do quarto. Maite entra também. Senta na tampa do vaso sanitário e apoia o rosto nas mãos enquanto ele entra no chuveiro -  Meu bem, mas olha deve ser a secretaria eletrônica. Tinha voz dela na secretaria, você sabe. 

- Tinha de todos nós, Mane, mas foi diferente. Eu ouvi claramente a voz dela. Ela falou duas vezes: "alô."

 Mane começa a ficar preocupado com ela: Mai, isso tá sério. Além da claustrofobia e do medo de lagartixa, agora isso? É melhor marcar uma consulta com um terapeuta...

- Eu não estou louca! Eu não estou louca ! 

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No dia seguinte, Christopher passa pelas mesas dos colegas anunciando:

- Vou casar, vou casar! Está convidado para o meu casamento!

"Não acredito!", " Você ?", "Está doente ?" " Quando?" - eram as respostas que ele ouvia. E o murmurinho cega aos ouvidos de Dulce :

- Ele vai casar ?! Com aquela... - se cala.-

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