Capítulo 85

169 12 0
                                        


A empregada vai levar a janta de Bruna ao quarto de hóspedes, onde ela estava para evitar subir escadas. Coloca a bandeja ao lado da cama, e Bruna segura seu pulso, a ameaçando com o olhar e com palavras:

- Olha aqui, você não vai contar nada do que viu pra ninguém, está entendendo? Não foi nada! Ele é meu primo, mas é um idiota! Ficou claro? - A empregada fica assustada com a atitude, Bruna nunca havia agido assim com ninguém da casa; consente balançando a cabeça e Bruna agradece amigavelmente como se nada tivesse feito.

-

Já eram 22h, Anabella já havia jantado há um tempo e ainda estava acordada, logo iria querer mamar para dormir por isso Anahí já se levanta: 

-Bom, eu vou levar essa mocinha pra cama. Boa noite a todos.

Alfonso também se levanta: Eu também vou.

Anahí o olha com a testa franzida mas não diz nada a ele, só a filha: Dá beijo na vovó, Bella. – e a menina agarrada no pescoço da mãe 'beija' a todos na sala. Alfonso esperava. Anahí ainda acena com a mãozinha da menina-  Todos os quartos estão limpos e arejados. Podem escolher qualquer um. – e se dirige a escada.

Armando que lia o jornal do dia, aquela hora da noite, despreocupado, responde: Não se preocupe ficaremos em nosso quarto, mesmo, Anahí!

Anahí para no primeiro degrau ao ouvir o nome. Imediatamente Alfonso leva as mãos a cabeça olhando o pai, já que Anahí estava de costas. Mas Armando atento ao jornal, nem percebe. Anahí sem dizer mais nada sobe as escadas. Alfonso sobe atrás dela, ela quase fecha a porta em seu rosto:

- O que quer Alfonso?

 Ele percebe que ela tinha os olhos úmidos, estava triste por seu tom de voz: Entrar... - Ela larga a porta, ele entra e fecha - E dormir.

Anahí vira-se para ele: Aqui??

- Ué, aonde?

- Em seu quarto de preferência.

- Aquele é dos meus pais. Meu quarto é esse. A cama é grande, sempre dormimos juntos.

- Mas com seus pais aqui??

- Qual o problema?  - Alfonso não compreendia. Por alguns momentos também se esquecia que fingia não serem casados.

- E você ainda pergunta? Eles sabem que nos conhecemos há poucos meses, não tenho memória, dormimos na mesma cama e seu pai ainda me chama de Anahí!- estava sentida - Por que todo mundo me compara com ela? Somos tão parecidas que... ou você não seria capaz de me amar por eu mesma, só pela semelhança que eu tenho com ela? – uma lágrima cai.

- Não, nada disso. - ele quer se aproximar mas ela da passos para trás.

- Eu queria tanto ser eu mesma. Ter uma personalidade que atraísse os outros, mas eu não lembro como eu era...

Alfonso a interrompe: você tem muito ciúmes de Anahí!

Anahí suspira fundo passa a mão nos olhos, secando e confessa: Sim, eu tenho! – Alfonso se controla para não sorrir - Eu queria ser ela. Ser o que ela representa para você, para sua família... Eu percebi que eles não gostaram de mim, uns olhares estranhos, uns cochichos. - Alfonso negava apenas balançando a cabeça - Tudo parece estranho, eu me sinto estranha as vezes. Eu estou cansada, Poncho. – senta na beira da cama.

Alfonso sabia que não era tão serio, ela ainda o chamava de Poncho. Ele senta ao lado dela, puxa a cabeça dela para seu ombro. Anabella em seu colo olhava para Anahí séria, mordendo o dedo indicador. Alfonso afagava Anahí: 

NostalgiaOnde histórias criam vida. Descubra agora