QUARENTA E TRÊS: O CONDE

24 4 4
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


SOLOMON

Em seus trajes escuros, a figura sombria de Solomon salta por cima do muro do outro lado de uma das divisórias do dormitório feminino. Foi por ali perto que viu o tracejar da criatura alada despencar. E seu cheiro ainda está próximo.

De fato, agora dentro desse colégio finalmente consegue perceber as diferentes fragrâncias de criaturas. Lykans, nosferatus, anjos e demônios, todos reunidos no mesmo ponto.

— Ei! — Da janela de um dos dormitórios, Sol vê uma garota pequena e loira se estender junto a outra menina um pouco mais alta. De cabelos descoloridos, mas pontas lilás.

Seu olfato logo lhe avisa, a garota baixinha e loira fede a lykan, e mesmo debaixo desse sol, ele consegue sentir bem seu fedor. E vê nos olhos da garota — curiosamente de cores diferentes —, que ela também já havia sentido seu cheiro.

A menina salta do terceiro andar, onde situa seu quarto e acerta o chão com força. Batendo na grama e imediatamente se lançando rumo a Solomon.

Ela não parece ser das mais fortes lykans, mas em seu estado atual, ele também não pode sair combatendo quem bem entender. Então planeja se esquivar e fugir até os cheiros celestiais e infernais que sente. Todavia, correntes de fogo nascem do chão e aprisionam Sol antes mesmo que fuja da cadela.

A lykan então o agarra pelo pescoço e o arrasta até uma arvore, o jogando contra a mesma. Mais correntes flamejantes então o amarram, e ele percebe que vinham da garota que ainda está no terceiro andar.

Uma bruxa?! Pensa o homem vendo o movimentar de seus lábios, sussurrando o que ele imagina ser alguma magia de aprisionamento enquanto movimenta os dedos, formando as condições mágicas de seu ser.

— Um vámpir?! — indaga obviamente irritada, a loira. — Então existem mais por aí.

— Me surpreende ainda existir uma cadela por aí — vocifera Solomon.

A loira rosna e se aproxima. Suas unhas cresceram alguns poucos centímetros, e então a garota as posiciona na garganta do mesmo.

— Devia ser mais respeitoso quando está em uma situação como essa, sanguessuga — sugere a cadela tocando as unhas em sua carne.

Ela parece jovem, mas sabe que não é o caso. Solomon sempre reconheceu bem as criaturas místicas, e mesmo por trás de uma face tão jovem, ele consegue ver em seus olhos a vivência. Toda via, ainda há alguma impetuosidade clássica dos jovens.

— Quem é esse cara? — A menina de cabelos descoloridos se aproxima após saltar do terceiro andar e quase planar até o chão. Se utilizando de algum feitiço de controle gravitacional.

— Um vampiro — responde a loira.

— Solomon! — Uma voz mais atrás chama atenção do grupo que vê outro se aproximar. Um garoto pequeno, negro. De voz potente e olhos penetrantes.

Caídos (duologia Trono de Fogo)Onde histórias criam vida. Descubra agora