DEZENOVE: PACTO

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Os dois se entreolhavam entre o vidro dos copos e taças. Angelina relutava.

— Eu ainda acho que não deveria beber... Estou passando muito dos limites aqui.

— Ainda nem chegou lá. Só um gole... Vamos, se odiar pode parar.

Angelina levantou a taça, provou o Martini a lambeu os lábios, se sentindo um polco culpada por gostar do sabor.

— Droga... — disse ela com um sorriso.

— Viu, não é tão ruim.

Os olhos dela percorreram a face de Lucas. O pensamento de apenas querer beijá-lo todo o tempo antes que tudo vire poeira era inevitável. Como se soubesse que algo ruim estava prestes a acontecer e estragaria seu romance. Por outro lado, sentia que no perigo da noite, resguardava a duração da estabilidade.

Então o medo aumentará junto a vinda do dia, nele sim, as ameaças contra o casal resguardam, ávidos ao empecilho.

— Nada vai acontecer — disse Lucas, como se soubesse seus pensamentos.

— Como...

— Tenho o mesmo frio na barriga. Também sinto esse medo; de que tudo se desmanche de uma hora para outra.

Angelina olhou em volta provando a bebida e se sentindo acalentada pelo mais breve símbolo de humanidade apresentado por Lucas, que sempre ostentava divindade em seu semblante. Sempre sorridente e altivo, Lucas nunca parecera um humano comum, exceto quando era relacionado a ela.

Desesperado, com raiva, choros; Anja já havia visto cada uma dessas facetas, e se sentia confiante por tal. Afinal, imagina que não devem existir muitas pessoas que puderam ver o mesmo Lucas que ela pode.

Seus olhos se encaminharam à garçonete, antes de voltar e cumprimentá-lo. Anja então evirou os olhos.

— Nunca transei com ela — falou Lucas provando sua bebida. Com um sorriso notório. — Sei que está pensando isso.

— Como eu saberia, você parece ter transado com metade do planeta — brincou, mas sentiu uma pontada de ciúmes em sua própria voz. O que lhe incomoda, Anja nunca foi do tipo ciumenta. E não queria começar agora, mas...

Mas é o Lucas... Pensou consigo mesma. Se não for por ele. Por quem mais teria ciúmes?

— Quase. — O garoto devolveu a brincadeira. — Não vou negar, adoro o pecado. Toda as facetas ocultas nos sete pecados capitais me instigam desde sempre.

— Por quê?

— Por que não? Você também sente, só que reprime.

— Como se pudesse saber.

Caídos (duologia Trono de Fogo)Onde histórias criam vida. Descubra agora