OITENTA: O BOM FILHO A CASA TORNA

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O primeiro golpe faz o chão tremer. E teria feito muito pior se não pela defesa perfeita de Miguel que segura o punho feroz da suposta bruxa. Mais uma tentativa, essa inda mais violenta que a última, fazendo o solo trincar abaixo dos pés das duas criaturas. O corpo magro dela em nada diz sobre sua real força.

A grama salta, e a força da pressão do atmosférica de apenas alguns socos trocados já é suficiente para causar uma ventania violenta.

— Como caralhos Satã está aqui?! — indaga Dayan que se põe em posição, esperando uma abertura e então saltando rumo a criatura e a Miguel, ajudando o irmão.

— Não faço ideia, mas não é todo poder dele — responde Miguel arremessando a besta para longe com o poder de um chute.

As bruxas sobrevoam o espaço acima deles com remos e vassouras encantadas, e se juntam em volta, conjurando algo todas unidas. Musa e suas filhas Herdeiras do Caos se unem ao murmurar de palavras que cria um enorme campo de fossa em volta de todo o espaço no gramado plano, verde.

— Essa barreira vai segurar o poder dessa luta dentro desses limites. Espero...

Explica Musa enfiando a mão dentro de uma pequena bolsa de couro branca presa no cinto marrom e tirando de lá um cajado enorme com um cristal na ponta. Como se a própria bolsa fosse um espaço separado, como os quartos da casa atrás deles.

— Mas não poderemos conter a energia de Satã lutando contra tantos anjos e demônios. — Musa volta a dizer. — Precisamos encontrar uma forma de contê-la. A Aggie foi criada para isso, conter o poder de Satã.

— Como assim? O que está havendo aqui?! — indaga Anja se aproximando enquanto a esquálida Aggie se contorce no chão depois do golpe de Miguel.

Toda via, não parece ser pelo golpe que ela se contorce em dor, e sim pela latência assustadores de seus poderes que continuam a aumentar. Ressoando como corrente invisível de navalhas que cortam pelo ar. Escaldantes, além de afiadas como uma espada japonesa.

— Acha mesmo que temos tempo pra falar agora, garota?! — estride Agnes empunhando uma varinha com uma ponta cravejada por uma pluma brilhante. Uma pluma de anjo mesclada a estrutura de prata da mesma. — Vamos dar um jeito nessa bagunça e depois podemos conversar, trocar lembrancinhas e pentear o cabelo uma da outra — diz em troça. — Merga!

— Pode deixar! Cutis ferrum — grita a grandalhona sobre o bracelete com uma joia dourada. E então toda sua pele assume uma cor escura, se tornando completamente coberta por essa malha de ferro negra. — Me deem cobertura!

Com essas palavras Merga salta rumo a criatura e recebe um soco que faz ecoar o som ferroso de seu rosto, mas ela resiste ao golpe e segura o braço de Aggie, dobrando-o, quebrando o osso do membro e derrubando a criatura que guincha de dor.

— Peguei! — grita Merga. — Isso vai nos dar algum tem-...

Antes mesmo de finalizar, sua garganta é abraçada por uma energia lilás que emana das costas de Aggie, energia que em muito se assemelha a uma calda. E com essa energia Aggie arremessa a bruxa musculosa para o ar e movimenta o braço quebrado, o curando no imediato do movimento e liberando uma onda de vento rumo ao corpo sem controle de Merga pelo ar. Uma navalha cortante de pura ventania.

Caídos (duologia Trono de Fogo)Onde histórias criam vida. Descubra agora