SESSENTA E OITO: UMA BELA RECEPÇÃO

18 3 25
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


ANGELINA

A cidade é completamente diferente de qualquer coisa que Anja pode imaginar. Desde a entrada, até as ruas e vielas, aos prédios e construções rústicas e de formatos únicos — para dizer o mínimo.

Atlântida é como nenhuma outra em vários exemplos diferentes.

Diferente do que pensou — e como Solomon, Miguel e Eva lhe explicaram — a cidade não fica dentro d'água, como pensou que seria. E sim abaixo dela. Toda essa dimensão fora criada sobre uma planície de minérios diferenciados. Assim como plantas e outros materiais que são de suma importância para a composição biológica dos atlantianos, ou submersos, ou qualquer um dos outros vários nomes que receberam ao longo do tempo. Os infernais os chamam de "afogados" em forma de deboche pelo título de seu líder, o Rei Afogado.

Angelina aprendeu por meio de seus aliados que o mais adorado pelos mesmos são "atlantianos". E assim tenta de recordar chamá-los quando preciso.

Assim que chegou à cidade pelo portal criado por Miguel, foram recebidos pelo próprio Rei Afogado. Que aguardava com sua proteção real, que nessa data festiva não estão equipados com armas, e sim instrumentos. Os mais diferentes, quase todos de sopro, mas também alguns poucos de cordas e percussão.

Enquanto fazem essa grande e glamourosa passeata pela cidade, Angelina não consegue tirar os olhos do "céu". Ou melhor, do teto de água corrente que paira sobre suas cabeças, deixando o ar úmido e suave. Já fazem ao menos uma vintena de dias atlânticos que estão aqui, e as festividades não param, nem Angelina deixa de surpreender-se com a arquitetura, ou esse mar pairando acima de suas cabeças.

Toda a cidade é construída abaixo dessa cúpula. E todo o resto de materiais que desejam estão lá fora, ou estavam há muito tempo. Mas com crescimento da população, tem-se também a necessidade de mais material, alimento e agora, espaço. E a redoma de água já alcançou seu limite máximo sem desestabilizar a vida marinha única que ocupa todo o espaço aquático lá fora — ou seria lá dentro?

Mais um fato dito — por Solomon — é que diferente da maioria das raças, os atlantianos são muito ligados a fauna e flora. Todos os animais são preciosos, e isso se deve ao fato deles próprios serem mesclas biológicas de criaturas terrestres e celestiais. Marinhas, logicamente, mas não todos. Alguns são mesclas de mamíferos também, porém, adaptados ao clima, gravidade e atmosfera daqui.

Não existem carros ou nenhum outro tipo de tecnologia elétrica. Provavelmente por quê desenvolver algo assim debaixo d'água não é a melhor das ideias. Também não existe fogo, mas existe luz e calor.

Tudo providenciado a partir de pequenos e grandes ovos de um tipo de animal que Eva disse ser chamado "Lux Chordata". Ovos brilhantes e quentes, e variando de tamanhos expelem luz ou calor diferenciados. Mas só o fazem após o nascimento dos tais "peixes" que vivem dentro. E o brilho e o calor parece durar algumas décadas terrestres, além de que a espécie se reproduz em larga escala. O que sempre garante luz e calor suficiente para os atlantianos.

Caídos (duologia Trono de Fogo)Onde histórias criam vida. Descubra agora