VINTE E UM: A FESTA

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— Não sei, Sabrina, não parece muito preso.

— Confia em mim, que de cabelo eu entendo.

Sabrina havia acabado de prender os cabelos de Angelina com dois prendedores de palito hachi, um marfim e outro grafitti. O longuíssimo cabelo da garota foi preso em um rabo de cavalo baixo e com volume. Coisa fácil de se fazer com todo o comprimento dos longos fios lisos e castanho-escuros de Anja.

No rosto, ela ainda alinhava a franja, que nunca foi muito de usar, mas era um dia especial. Deixou duas mechas em corredeiras negras em volta do rosto, despencando sobre os ombros e assentando em volta dos seios.

Seu vestido branco que pouco passava dos joelhos alinhava-se bem. Não era muito apertado nem subia ou descia. A ceda lhe caia bem. Como último adereço, estava com um par pequeno e feudo de asas brancas que era a única coisa de fantasia que ela usaria. Assim como Dayan, segundo o combinado.

— Vamos, já está quase na hora.

— Beleza — concordou Sabrina. As duas saíram de seu quarto e vagaram corredores adentro. Angelina estava nervosa como nunca esteve. Nunca foi de festas, de nenhum tipo, mas não poderia desejar mais por um momento, já que se deu conta de que ao fim, ela vai estar dançando com Lucas, e isso será o ato final da confirmação de seu relacionamento.

Mesmo sendo o garoto que ela sabe que Lucas é, nunca o viu grudado a garota alguma — a exceção de Eva —, então de alguma forma ela sabia que isso era especial. Desse dia em diante, ela seria a garota ao lado dele sempre que o vissem. Andando pelos corredores, sentados em algum canto do refeitório e sorrindo enquanto desfrutam de seus momentos apaziguados.

Paz em fim.

Claro que Angelina não sabe que esse é um de seus últimos dias de tranquilidade.

As duas amigas chegaram as portas do salão de esportes e logo viram os rostos familiares. Rafaela empunhada pelo braço ao baixinho João, que ao ver, conseguiu domar a negação da garota. Júlia estava com um saco lonado preto para instrumento. Seu baixo.

Júlia e sua banda devem tocar algumas músicas. Claro, religiosas. Há pouco Angelina descobriu que ela não era apenas um protótipo de adolescente revoltada, mas sim a tentativa de ser uma musicista. Ou algo assim. E já era até mesmo integrante dessa banda feita só por garotas, chamada Lilith.

Ao que parece, no início o colégio não gostou nenhum pouco desse nome, dizendo que era uma afronta, ainda mais por ser ideia da "Srta. Toda Incorrigível Júlia", já que esse é o nome dado aos "conspiracionistas" sobre uma primeira mulher que veio antes de Eva. Mas Júlia os convenceu de que se não era verdade, ela poderia usar esse nome, afinal, era só um nome. Depois de um breve digladio, algo fez o reitor aceitar a existência da banda e seu nome, contanto que nessas ocasiões, fizessem essas apresentações com músicas autorais e bíblicas.

Caídos (duologia Trono de Fogo)Onde histórias criam vida. Descubra agora