VINTE E NOVE: O PRIMEIRO AMOR

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SABRINA

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SABRINA

Os passos lentos de Sabrina acompanhavam os de Gabriel, com seus dedos entrelaçados nos dele enquanto cobertos na imensidão negra acima das nuvens. O céu raramente é reparado em uma metrópole, todos preferem as luzes dos carros, casas, bares e boates, das vielas e os celulares; do que apenas observar as estrelas, assim pensa Sabrina. Ela também nunca foi de ficar olhando o céu, mas há algo de especial nele há algum tempo.

Desde aquele dia... Pensou ela relembrando a noite que veio a seguida do dia tão especial.

— Seu padrasto não veio te buscar — disse Gabriel.

— Não, não veio. Eu mandei uma mensagem pra ele e disse que não ia pra casa hoje. Me respondeu com raiva, mas foi uma vitória fácil. — Sorriu Sabrina.

— Por quê acho que não é a primeira vez que isso acontece?

— Não é. Eu já passei várias noites fora de casa, no início foi difícil, mas a cada noite fora, mais fácil se tornava convencê-los. Além disso, não acho que se importem o suficiente comigo para se preocuparem com meu bem-estar. E você?

— Diferente dos outros eu não me infiltrei em uma família, por aí. Quer dizer, até rolou só que infelizmente eles todos morreram em um acidente de carro.

— Meu Deus, Gabi. Isso é terrível!

— Eu não passei muito tempo com eles desde que ocupei esse corpo. Além disso, se esqueceu da minha falta de empatia para com os humanos?

— Isso é esquisito pra porra! — estridiu Sabrina dando uma risada. — Sabe? Você está ocupando um corpo, isso é bizarro. E legal ao mesmo tempo, na verdade. E aí, como você é de verdade?

— Pense na fórmula mais clichê de um anjo e você terá mais ou menos minha real aparência.

Tendi. Eu gosto de você assim, espero que esteja planejando ficar "com esse corpo", por algum tempo.

— Claro, não faz diferença alguma por enquanto. — O garoto sorriu e pigarreou antes de voltar a dizer. — Enfim, eu moro com um amigo, mas ele é um fotógrafo meio famoso e está sempre viajando. Agora acho que está na Argentina.

— Significa que eu posso ir pra casa com você?

— Se quiser.

— Oh, você falou isso de forma tão inocente — disse a garota entonando em uma voz fina, como se falasse com uma criança. — É quase triste na verdade. Eu vou me sentir uma abusadora quando formos transar.

— As pessoas podem suspeitar da sua conduta, se dizer isso com esse sorriso na cara — disse o garoto em uma risada unida a face alegre de Sabrina. — Ao mesmo tempo, tendo em vista seu histórico, não quero te pressionar a nada. Sabe disso, certo?

— Certo. — Sabrina parou no meio do passeio, parando Gabriel consigo e ficando frente a ele. Então ela se lembrou que há algum tempo Gabriel a tinha dito que era virgem, e se aquilo for verdade, é ainda mais impressionante imaginando a idade que ele deve ter. — Obrigado, Gabi. Eu nunca vou conseguir te agradecer o suficiente por tudo que já fez por mim.

Caídos (duologia Trono de Fogo)Onde histórias criam vida. Descubra agora