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Boa tarde!

Como estão vocês? Espero que bem!

Cheguei com o final para vocês, sem mais delongas, boa leitura!

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Segui minha vida quase como se nada estivesse acontecendo, mas eu havia percebido como meu apetite tinha se reduzido radicalmente, como eu havia voltado com hábitos alimentares impulsivos e como isso me deixava enjoada, além da ansiedade de todo dia de me olhar no espelho e me perguntar por como seria a imagem que Camila veria ao me olhar.

Era tortuoso e eu estaria escondendo fatos se dissesse que me contive e não vomitei nenhuma vez.

Foi um impulso. Um horrível impulso que veio de uma sensação de culpa que se transformou em enjoo e nas mesmas duas vezes que aconteceram, em pânico e mais culpa novamente.

Tive medo de voltar ao buraco em que tinha me enfiado duas vezes em meu passado, mas após tanta coisa não era possível que eu não tivesse aprendido nada sobre me cuidar, então fiquei ainda mais rigorosa quanto a ter alimentações saudáveis, ainda que em menor quantidade.

Cake, que sempre era meio alheia, apesar de sensível, estava percebendo meu comportamento ansioso e a visível diminuição em meu prato (coisa que ela já se preocupava), mas eu desviava dizendo que tinha sido uma garota má e comido antes da refeição, seguido de discursos de como não deveria fazer o mesmo.

Tive que aturar ela dizendo que eu não estava tentando não ser hipócrita como tinha dito fazer, mas tudo bem.

Estava decidida a seguir minha vida como se nada tivesse acontecido e pedi a Normani que não a mencionasse se fosse apenas para dizer que ela ainda não queria contato.

Segui minha saga a procura de uma escola pra Cake. Fomos fazer compras, onde fiz o agrado de comprar uma caixinha de chocolates que tinham formato de bichinhos para a pestinha, depois deixamos as compras em casa e fomos para a escola em potencial.

-Depois de ver a escolinha vamos brincar um pouco no parque, pode ser? - perguntei a Cake.

-Sim! - ela exclamou, comemorando.

-Mas você não pode correr a minha frente quando eu disser que não pode - avisei - se eu falar, me obedeça, entendeu? É perigoso correr e a mama não te achar mais, entende isso?

-Sim, mama.

Entramos na escola, sendo recepcionadas pela diretora. Falamos sobre Cake e sobre as instalações da escola, que era de tempo integral, então ela direcionou minha filha para ser avaliada pela pedagoga antes de ser colocada em alguma turma.

Ela ficou um tanto tímida e retraída em falar com uma estranha, mas acabou se convencendo quando a viu mostrar um ursinho de pelúcia e relaxou quando a mulher falou em espanhol com ela.

-Bom - começou a pedagoga quando nos reunimos após a avaliação - sua filha é uma criança bastante esperta e inteligente. Bastante acima do esperado, a senhora poderia considerar até fazer uma avaliação neuropsicológica se tiver interesse, mas não é ruim que seja tão desenvolvida, pelo contrário. Com tudo o que observei, acho que ela se encaixaria melhor com a turma de crianças de quatro e cinco anos, que estão passando pela alfabetização em torno do que ela já está aprendendo.

Assenti.

-Ela teria assistência? - perguntei - porque independentemente de seu desenvolvimento educacional, ela ainda tem o emocional e a mente de uma criança de três anos, sua real idade.

-Sim, nossas turmas contam com o mínimo de dois pedagogos - a diretora me tranquilizou - eles ficam em classe auxiliando nas aulas. Espera-se que ela já não faça mais uso da fralda, mas temos lugares para troca por causa da creche e berçário e auxiliares que cuidam desses detalhes.

LIVRO 4 - EXTRA TRILOGIA - Com todo o meu amor, LaurenOnde histórias criam vida. Descubra agora