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Olá, pessoal! Como estão?

Espero que bem e se cuidando.

Esse é o equivalente ao capítulo 37 de With All My Love.

*Alerta de gatilho para um pouco de abuso/agressão psicológica*

Boa leitura!

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Foram dias relativamente tranquilos até o que Camila completaria oito meses de gestação.

Ainda nos víamos constantemente, mas Dinah me estressava com sua vigilância constante sobre mim, não me deixando ficar sozinha com Camila, então para evitar estresse passávamos o tempo onde estivesse, fosse em minha casa, fosse na Cookies.

Mamãe ligava no mínimo quatro vezes ao dia e sempre causava mais estresse e choro, me levando a um ponto em que desejei estar perto daquela mulher em Utah e aceitar sua erva ao menos para esvaziar a cabeça e me sentir mais leve, porém seria muito idiota porque depois me dava uma enorme dor de cabeça e fome, além das outras sensações durante toda a brisa.

E então, bati o pé quando Dinah tentou interferir no modo como eu comemoraria os oito meses com Camila, tentando me chantagear com argumentos como "graças a mim você vai poder sair de casa, se não está lembrada", ou "estou tentando te ajudar, Lauren, você sabe que sim".

Mas eu resisti, ou não aguentaria por muito tempo viver sob aquela pressão gigantesca sobre meus ombros.

A verdade é que eu estava me sentindo ainda menos disposta a me alimentar com tudo aquilo em minhas costas do que antes, além de me sentir deprimida, e talvez, vendo meu estado de puro estresse como um fio desencapado perto da água, fosse por isso que Dinah me deu uma folga e disse para eu ir me divertir.

Sendo assim, combinei com Camila que passaria para buscá-la e iríamos ao cinema.

Pouco tempo antes de sair, no entanto, recebi uma ligação de mamãe que sequer vi por estar me arrumando, o que não a deixou feliz.

Haviam cinco ligações perdidas quando peguei o celular e uma outra se iniciou quase no mesmo instante que o toquei. Com um suspiro cansado, o atendi e mamãe começou a gritar:

-Lauren Michelle, o que falei sobre não atender esse celular?! Da próxima vez que fizer isso pego o primeiro avião para Nova Iorque e te arrasto de volta para casa!

Tentei dizer a ela que estava me arrumando para sair e ela começou um longo sermão sobre como Dinah a havia alertado que Camila não era uma boa pessoa e que eu deveria parar de ter tanto contato com ela porque era quem havia me enfiado no buraco em que estava.

Ignorei o quanto pude e tentei contornar suas perguntas querendo saber sobre o que havia comido até o momento, sentindo uma enorme dor de cabeça começar, mas não consegui não chorar quando ela começou seus joguinhos de chantagem e tentativas de abaixar ainda mais minha autoestima querendo me fazer acreditar que eu dependia dela e apenas ela sabia o que era bom para mim.

No fim, ela se despediu com um "eu te amo muito, Lauren. Você não tem ideia. Ninguém jamais vai te amar como eu te amo". Eu apenas devolvia um "também te amo, mãe" e desligamos.

Precisei de algum tempo pra parar de chorar depois disso. Sentia o peito apertado e o ar faltando. A cabeça doía como se alguém batesse nela com um martelo.

Estava um pouco difícil acreditar mesmo que alguém me amaria como ela me amava, mas uma parte de minha mente tentava me dizer que era tudo fruto de um terror psicológico se juntando a sensação de rejeição e que não devia acreditar nisso.

LIVRO 4 - EXTRA TRILOGIA - Com todo o meu amor, LaurenOnde histórias criam vida. Descubra agora