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Olá!

Boa tarde, como estão vocês? Espero que bem!

Não lembro se ia dizer algo, então boa leitura!

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O dia estava estranho, naquele clima um pouco triste, mas eu sabia que era minha culpa.

Era o terceiro dia de Março e já despertei pensando em como Camila estaria completando vinte e quatro anos naquele dia.

Me sentia um tanto obcecada por não conseguir esquecê-la e pior ainda por nem mesmo querer apagá-la de minhas lembranças e ainda estar inserindo-a nas de minha filha.

Ainda assim, naquela manhã, fiz um pequeno bolinho o mais saudável possível porque arriscaria sair um pouco da dieta estritamente saudável que havia iniciado Cake em janeiro, quando completou seis meses, e daria a ela um gostinho do recheio de morango.

Até porque ela era um pouco difícil de agradar. Não era fã de banana, nem de cenoura a menos que estivesse tão bem disfarçada na comida que não visse. Não sabia se gostaria do sabor do morango, que tentei deixar o mais puro possível com alguns pedaços em meio a uma textura pastosa da geleia. Era uma fruta que ainda não tinha dado a ela, então não sabia como reagiria.

Coloquei uma velinha sobre o pequeno cupcake com o número vinte e quatro em amarelo, porque era a cor de Camila e esperei meu pequeno gênio acordar, coisa que aconteceu cerca de vinte minutos depois.

A peguei do berço, já a encontrando extremamente tagarela, cantarolando e gritando em língua de bebê enquanto eu tentava responder o melhor possível em meio a arrumação que fazia.

Depois, com uma linda bebê em um vestido amarelo como o sol e o lacinho vermelho em seus cabelos ralos, porém maiores e mais presentes, me aproximei da mesa, sentando com ela em meu colo, acendi a vela, colocando a foto que imprimi de Camila a frente apoiada no açucareiro e sussurrei para Cake.

-Meu amor, hoje é aniversário do maior anjo de nossas vidas - ela balbuciou uma sílaba solitária e apontou para a foto, olhando para mim em seguida e levando a outra mão a meu rosto - isso mesmo, Camila. Ela está fazendo vinte e quatro aninhos e por isso eu fiz um bolinho para a gente desejar a ela felicidades. Vamos assoprar as velinhas e mandar a ela boas energias, certo?

Cake se sacudiu em meus braços, parecendo aprovar, e me estiquei sobre ela, mantendo pensamentos positivos em mente e assoprando o fogo. Minha filha gritou e riu, impressionada.

Ri.

-Você gostou disso? - perguntei e ela apontou para o bolo, ou a vela, não sei, tagarelando ininterruptamente - vou fazer de novo então, só para você ver.

Acendi a vela mais uma vez, recebendo gritos de aprovação que me fizeram rir e iria apagar, mas vi minha pestinha bater palmas, provavelmente repetindo o que havia aprendido no aniversário de Taylor, que insistiu em tê-la no colo na hora dos parabéns.

-Você quer cantar parabéns? - perguntei a ela, que respondeu a maneira dela.

Cantei parabéns, batendo palmas com ela, e assoprei novamente a vela em meio aos seus gritinhos.

Me olhou séria quando acabou e fez bico, choramingando.

Suspirei.

-Ok, mais uma última vez então - cedi, mas acabei fazendo outras sete vezes até que a vela nem mesmo acendesse mais - não dá mais, está vendo?

Cake choramingou e ameaçou chorar, o que me fez me questionar onde estava com a cabeça quando inventei de fazer aquilo.

-Olha, bebê. Nós vamos comer agora! - tentei animá-la, mas ela realmente queria os parabéns - olhe o bolinho, como é bonito. É um bolinho e você é meu bolinho. Nós não vamos comer você, nem você vai comer a massa do bolinho comestível, mas vai provar do recheio e está bom, eu prometo!

LIVRO 4 - EXTRA TRILOGIA - Com todo o meu amor, LaurenOnde histórias criam vida. Descubra agora