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Olá, bom dia!

Espero que estejam bem.

Atualizando aqui para vocês de novo.

Boa leitura!

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E então era época de Natal, Cake tinha cinco meses, mas pareceu reconhecer os avós e os tios quando os vimos no aeroporto, apesar de estar sonolenta e um pouco irritada por isso. Abriu um sorriso enorme e gargalhou quando papai se aproximou, a tomando de meus braços e beijando sua bochecha gorda com covinhas antes mesmo de falar comigo.

-Olá para vocês também - falei, rindo ao vê-los todos em volta de minha filha.

-Oi, Lauren! - foi o que Taylor disse sem nem mesmo me olhar.

Revirei os olhos e aguardei, observando-os fazerem careta e falando com ela em tom infantil.

Cake ria, porque aparentemente o inglês era uma língua muito engraçada para ela e minha família toda de repente esqueceu que eu estava ensinando-a em espanhol.

-Tudo bem, tudo bem - falei após passar cerca de vinte minutos com todas as atenções voltadas para a criança que estava mais distraída com a barba do avô do que com as tentativas de ter sua atenção - me deem ela aqui.

Me enfiei no meio deles e puxei Cake para meus braços.

-Lauren! - papai protestou.

-Você passou todo esse tempo com ela, não tem o direito de tirá-la de nós assim - reclamou mamãe.

Revirei os olhos.

-Meu Deus, eu sou a mãe! - os lembrei - e estamos em um aeroporto. Estamos cansadas, então, por favor, podemos ir para casa?

-Quem se importa? - perguntou Chris.

Papai riu e me abraçou, me deixando um beijo no rosto.

-Está bem, Lolo - disse, mas no minuto seguinte descobri que sua aproximação tinha o objetivo real de tomar a criança de meus braços - vamos para casa, não é, pitiquinha?

Caminhamos para os carros, onde minha família se dividiu porque não caberíamos os cinco e uma cadeirinha de bebê.

Confesso que sentia saudades de casa e de como tudo funcionava antes da grande mudança em minha vida. As coisas eram de certa forma bem harmoniosas e principalmente não havia mamãe tentando me fazer voltar para casa em toda oportunidade que tinha.

Eu ignorava e evitava que soubesse do máximo de coisas que aconteciam porque sabia que ela me infernizaria por qualquer coisinha fora da linha e jogaria a carta "contrato da Cookies n Coffee" na minha frente.

Ainda assim, eu amava minha vida com minha filha em minha casa, com nossas coisas, nosso ritmo, nossas rotinas.

Amava acordar com seus dedinhos curiosos cutucando meu rosto e seu riso quando eu fingia roncar ou morder sua mão gordinha e rosada. Amava brincar com cada um de seus bichos de pelúcia e cantar músicas infantis de animaizinhos por horas a fio enquanto estivesse acordada. Amava vê-la crescer e demonstrar que me amava tão incondicionalmente quanto eu a amava. E amava vê-la se desenvolver diante de meus olhos, se tornando uma criança confiante e inteligente.

-Muito bem, vou dar um banho em Cake e colocá-la para dormir porque está cansada - falei, a pegando e indo para meu antigo quarto antes que tentassem abduzir minha filha novamente.

-Vou fazer alguns lanches para nós - disse mamãe - venham me ajudar, crianças.

Preparei as coisas para o banho em minha antiga banheira e o iniciei, cantando musiquinhas em espanhol para indicar as partes do corpo enquanto Cake ria e se sacudia, porque amava os movimentos da água quando se mexia e achava particularmente interessante a palavra "pé", além das cócegas que sentia nos seus.

Terminei o banho, a sequei e a vesti, deitando na cama com ela porque tinha tomado leite antes do voo e com toda certeza não iria querer tomar novamente. Murmurei para ela, a ninando e quando caiu no sono a coloquei no bercinho móvel que meus pais prepararam para que dormisse.

-Você é uma ótima mãe - ouvi papai, me assustando por estar tão concentrada em Cake e virando para vê-lo encostado na porta.

Sorri para ele, me aproximando.

-Obrigada, pai.

Ele me abraçou.

-Senti sua falta, Lolo.

-E eu senti a sua.

Ficamos um tempo abraçados, até que ele nos guiou para a mesa de jantar, que tinha alguns lanches. Meu estômago embrulhou, porque, na verdade, eu só não estava vomitando com frequência porque não comia tanto, mas ninguém realmente sabia disso.

-Não precisava de tudo isso - falei - eu comi no voo. Eles serviram um sanduíche de frango incrível.

Eles realmente serviram, mas eu não tinha comido e nem mesmo tinha me alimentado no dia, já sabendo que me empurrariam comida assim que eu chegasse.

-Coma - ordenou mamãe - está muito magra.

-É impressão sua - falei.

-Coma - ordenou mamãe novamente.

-Clara... - papai chamou sua atenção no que provavelmente acreditou ser uma maneira discreta.

Tenho certeza de que conversaram sobre fazer tanto tempo que não me viam e não me deixar irritada para que pudesse voltar mais vezes.

Sentei e puxei uma tigela de frutas cortadas, comendo alguns pedaços.

-Dahlia completa seis meses mês que vem, vai começar a introduzir alimentos na dieta dela, então precisa dar o exemplo com uma dieta saudável - mamãe falou.

-Mami, eu já tenho todo o planejamento de introdução alimentar dela com a aprovação da pediatra - falei - é óbvio que eu não vou ensinar coisa errada para ela. Não precisa fazer nenhum discurso.

Mamãe entortou o lábio, como fazia quando tinha que dar o braço a torcer.

-Aprovado pela pediatra, é?

-Sim.

-Bom, que bom...

-Já que estamos de acordo que a Lauren é uma ótima mãe, por que não iniciamos nossa tradição de Natal? - perguntou papai, sorrindo animado - hora de enfeitar a árvore!

Sorri, animada com sua animação.

-Vamos!

Saltei de meu lugar, assim como Taylor e Chris, que ainda comia.

Colocamos as músicas natalinas em um volume mais baixo por causa de Cake e começamos primeiro a enfeitar a casa, depois a árvore, quando estávamos no fim, ela acordou e a peguei no colo, levando até a árvore, nomeando as coisas ao seu redor e sobre o enfeite e entregando a ela a estrela de topo para que ao menos interagisse com os enfeites e fizesse parte da dinâmica.

Ela tentou levá-la a boca, afinal, era um bebê, mas eu impedi.

-Essa é a estrela dourada. Coloque-a aqui, meu amor - disse a ela em espanhol, indicando o lugar na árvore a sua frente e repetindo algumas vezes, pegando um enfeite que Chris me ofereceu e demonstrando, até que ela desistiu de comer a estrela principal e colocou na árvore a sua frente, onde o enfeite acabou se encaixando por acaso entre os galhos da árvore.

Comemoramos, fazendo festa para ela, que gargalhou deliciosamente.

Nos viramos para os outros, vendo que mamãe estava gravando.

O enfeite ficou ali mesmo, em homenagem ao seu esforço e aprendizagem. Dahlia Cake Jauregui dando seu próprio toque especial ao nosso Natal.

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E então?

Dá pra ver que a Lauren faz de tudo sobre a criação de Cake, né?

É uma criança que recebe muitos estímulos para que aprenda brincando, se divertindo.

Enfim, até a próxima.

LIVRO 4 - EXTRA TRILOGIA - Com todo o meu amor, LaurenOnde histórias criam vida. Descubra agora