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Boa tarde!

Espero que estejam bem, porque eu estou estressada com leitor que não sabe ler as coisas direito e quando estou estressada, eu atualizo, vocês sabem como tenho funcionado.

Façam uma boa leitura.

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Junho.

Acordei com a estranha noção de que eu era uma adulta de vinte e dois anos a partir dali e, ainda que não houvessem mais pessoas ao meu redor dizendo que eu era uma criança, sabia que não havia desculpa alguma para falarem isso naquele momento.

Eu tinha vinte e dois anos e dentre duas semanas, mais ou menos, teria uma filha de dois anos de idade que falava de tudo e aprontava todas e por quem eu era responsável.

Quer dizer, ela era incrível e havia me levado a um nível de maturidade que era inevitável, já que eu era mãe e precisava evoluir para ser mamãe.

Meio estranho de entender colocando em palavras.

E então, fiquei deitada na cama absorvendo essa realidade que baixou sobre mim, recapitulando como tinha chegado naquele momento, deitada sozinha em minha cama, em minha casa na Suíça, onde eu vivia sozinha com minha filha e tomava de conta da minha vida sozinha.

Era o nível de independência que sempre desejei ter.

E ainda assim, tinha que confessar que sentia falta de meus pais, meus irmãos e minhas amigas que moravam do outro lado do mundo.

Não era uma saudade que me acometia a ponto de me deixar prestes a pegar um avião ou fazer uma ligação cheia de coisas melosas, porque eu valorizava muito mais minha independência que seus cuidados exagerados que me deixavam doente, mas, poxa, era minha família.

E enquanto eu refletia sobre isso, mal vi a hora passar até que o chamado do pequeno ser que habitava minha casa me despertou:

-Mama! - ela chamava, porque apesar de eu deixar a porta encostada para que tivesse facilidade em abrir, tinha ensinado a chamar antes de entrar e algumas vezes ela conseguia se lembrar disso.

Outras vezes Cake estava simplesmente cheia de energia demais para pensar em qualquer coisa e era algo a se compreender.

Ela não era inconveniente de propósito, apenas uma criança aprendendo as coisas.

-Entre, bebê - autorizei e a porta foi empurrada, mostrando meu ser pequenininho entrando no quarto.

Ela caminhou até estar do meu lado da cama e esticou os braços para que a levantasse. Quando a coloquei na cama, Cake simplesmente se aninhou em mim e fechou os olhos, me fazendo rir.

-Você ainda está com sono? - perguntei e ela abriu os olhos.

-Não - respondeu.

-Esse é o bichinho da preguiça?

-Mama está - apontou, me fazendo rir.

-Está me chamando de preguiçosa? - indaguei.

-Uh... - ela fez, parecendo em dúvida se tinha dito uma boa coisa.

-Tudo bem ter preguiça algumas vezes, mas não precisa fingir estar com sono pela mama - falei - você quer levantar e tomar café?

Ela assentiu.

-E brincar - acrescentou.

-Ok, vamos brincar de esconder - disse - vou contar até dez e você se esconde, pode ser?

LIVRO 4 - EXTRA TRILOGIA - Com todo o meu amor, LaurenOnde histórias criam vida. Descubra agora