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Boa tarde!

Espero que estejam bem, porque nesse segundo eu estou.

Vamos lá para mais um capítulo amorzinho cheio de Lauren e Cake.

Ah, só uma observação: quando as falas estão em itálico elas falam em espanhol, quando elas falam sem marcação, é porque é em francês e se for o inglês eu vou dizer explicitamente que é essa língua.

Boa leitura!

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O primeiro a entrar em contato, em meados de Abril, foi papai, que mandou uma mensagem dizendo:

Minha Lolo, sei que não devemos ter contato e com a terapia pude entender muito sobre isso, mas eu precisava dizer que te amo. Você e seus irmãos são meu maior tesouro e sinto muito que as coisas tenham ido por um caminho tão ruim para você. As coisas vão melhorar e voltaremos a ser aquela família feliz que lembro de termos sido um dia. Eu te amo. Abraços, papai.

Chorei com sua mensagem, comovida com sua força de vontade em resolver a bagunça em sua própria mente para me ter de volta em sua vida. Respondi de volta que o amava e a conversa foi cortada.

Meus pais tinham algum contato com Cake através de meus irmãos, com quem eu falava constantemente por vídeo e acabava a deixando ficar alguns minutinhos no celular com eles, que chamavam meus pais.

Eu podia ficar ouvindo eles dizerem o quanto ela estava crescida e bonita enquanto minha filha buscava todos os seus ursinhos para mostrar a eles.

Ela tinha um ano e nove meses quando recebi a mensagem de papai e ficou ao meu lado o tempo todo enquanto eu chorava, me abraçando e repetindo o que eu sempre dizia a ela quando estava em prantos:

-Tudo bem... tudo bem... passa, mama.

E era inevitável rir porque sua voz fininha e seu tamanho pequeno tentando me consolar e passar a mão por meus cabelos era a coisinha mais adorável do mundo e eu amava minha pequena tagarela imitadora.

Ela não me dizia pra parar de chorar ou se assustava com minha crise, e foi nisso que percebi o quanto acertava com Cake em sua educação e na forma ao qual estava aprendendo a lidar com as coisas.

Ainda que ela não conseguisse lidar com o próprio choro e as próprias frustrações, saber que era acolhida fazia com que ela me acolhesse também, então isso queria dizer que eu realmente fazia com que se sentisse melhor sobre suas dores.

- Onde dói, mama? - ela perguntou, seus olhinhos claros debaixo de finas sobrancelhas clarinhas em um cenho franzido de concentração me encarando com uma seriedade adorável.

-No coração, meu docinho - disse e apontei para meu peito.

Cake, que estava sentada ao meu lado no tapete da sala, se levantou e me escalou desajeitadamente, eu a segurando enquanto via o que tentava fazer, mas ela simplesmente se aproximou de meu colo e me beijou o peito, me abraçando do jeito que podia.

Foi tão bonito que a envolvi em meus braços e ri.

-Eu te amo muito, sabia disso? - perguntei a ela, que assentiu.

-Sim.

-Oh, fico feliz então. Você é tão esperta, tão inteligente...

-E corajosa - ela acrescentou, me fazendo rir ainda mais.

-Sim, e corajosa - concordei.

- Igual Camila - disse e meus olhos se encheram de lágrimas, mas não consegui deixar de sorrir.

LIVRO 4 - EXTRA TRILOGIA - Com todo o meu amor, LaurenOnde histórias criam vida. Descubra agora