45

518 69 30
                                    

Bom dia!

Como estão?

Eu estou em um ótimo humor nesse momento, principalmente porque minha mãe disse que me apoia quando eu disse que quero me dedicar mais a escrita até que publique um livro real oficial.

Isso é tão importante para mim, vocês nem imaginam. Estou adaptando Onde Vivem os Lobos para uma história original e estou gostando muito do que estou fazendo.

Escolhi ela porque na minha cabeça fiz um trabalho incrível com tudo o que criei e o final maravilhoso que dei a ela. Mas tudo isso é opinião de autora né.

Estou mudando algumas coisas que não gosto mais e que me pego perguntando onde tava com a cabeça quando escrevi e acho que está bem mais consistente e divertida agora.

Enfim, é uma boa história.

Não vou prender vocês mais nas bobagens que falo, boa leitura!

------------------------'

A verdade é que eu estava uma pilha de nervos.

Não era só as horas sem dormir ou a falta que sentia de Camila, mas sim minha mãe me torrando a paciência.

Eu sentia que ela estava ali simplesmente para fazer com que eu me sentisse inútil sem ela e decidisse voltar para casa, mas eu não faria isso.

Ela não tinha noção do quanto já havia estudado de psicologia, pedagogia entre todas as coisas que tratavam de crianças e bebês e explicavam seus comportamentos e suas necessidades, além de ter buscado muitas dicas para não depender totalmente dela.

Ela gritava comigo quando eu pegava Cake no colo quando começava a chorar, alegando que a deixaria mimada e viciada em colo e Taylor, que havia ficado por ser época de férias, se metia dizendo que a filha era minha e eu provavelmente sabia do que ela precisava, então as duas começavam a discutir até que vissem que eu havia começado a chorar de puro estresse, aí saíam de perto e tentavam discutir em voz baixa.

Eu amava a forma como Taylor sempre tentava me defender apesar desse ser o meu papel sobre ela. Minha irmãzinha era muito valente e a ousadia da adolescência a deixava ainda mais atrevida e desafiadora.

Mas eu provavelmente precisava mesmo de alguém que me apoiasse incondicionalmente como minha irmã fazia.

Uma guerra havia sido travada a partir do momento em que mamãe chegou e decidiu interferir em minha alimentação. Ela tentava me fazer comer grandes porções e gritava comigo dizendo que eu estava sendo um péssimo exemplo como mãe quando eu recusava ou quando eu me forçava a comer e meu organismo rejeitava e... bom... colocava tudo para fora.

Nunca pensei que enfrentaria um terrorismo psicológico de minha mãe simplesmente por crescer. Ela não era tão ruim assim na minha infância e adolescência. Era exageradamente cuidadosa e protetora, mas sempre dizia estar orgulhosa de meus passos.

Havia passado a fazer minhas refeições trancada no quarto com Cake, mas Taylor começou a me seguir e me acobertar.

-Eu sei que você não consegue - ela dizia - mas se você tentar eu limpo o prato para você e confirmo para a mamãe que comeu tudo se ela perguntar.

Taylor era tudo para mim e deixá-la em Miami para morar longe tornava a coisa um pouco mais dolorosa.

Ficamos ainda mais próximas nesses dias que passamos juntas. Era uma situação um tanto estranha que uma adolescente me compreendesse melhor que uma adulta, mas eu apreciava tê-la.

Dinah passou algum tempo fora, procurando um apartamento em Utah que fosse próximo a minha casa, mas voltou assim que possível porque dizia estar apegada demais ao bolinho dela, apesar de não fazer questão de trocar uma fralda sequer.

LIVRO 4 - EXTRA TRILOGIA - Com todo o meu amor, LaurenOnde histórias criam vida. Descubra agora