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Olá, pessoas.

Espero que estejam bem.

Nada a dizer eu acho, então boa leitura.

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Era primavera, então havia decidido criar o hábito de levar Cake ao parque para ver as pessoas, as outras crianças, as árvores, os pássaros.

Com nove meses, ela havia começado a se segurar em pé nos móveis, apesar de não demonstrar aptidão alguma em começar a arriscar alguns passos. Descobri o momento ao ir a seu quarto buscá-la quando acordou e a vi em pé, se segurando nas grades.

Dei graças a Deus que já havia baixado o colchão de seu berço e comemorei com ela seu feito.

Mas bem, íamos ao parque nos fins de tarde ou início da manhã quando o sol não estava forte, então naquele dia fizemos o percurso de sempre comigo nomeando cada coisa ao meu redor, principalmente as que ela apontava com seu jeito atento, e ocupamos por fim um lugar embaixo de uma árvore, sobre uma toalha xadrez porque queria ser o cliché do cliché.

Ela estava sentada e eu enumerava as coisas a nossa frente enquanto ela respondia com suas sílabas aleatórias. Decidi passar para as coisas acima de nós e apontei o céu.

-Este é o céu, azul e grande. E ali estão as nuvens brancas. Uma, duas, três nuvens brancas - disse a ela, procurando com os olhos alguma coisa a mais para comentar, até que ouvi:

-Auau!

Me virei para ela pronta para dizer que o cachorro fazia "auau" quando notei que estava apontando para algum lugar.

-Auau! - ela repetiu quando uma mulher se aproximava de nós com seu pequeno pug.

Senti meus olhos se arregalarem, porque eu realmente não estava esperando por uma palavra tão cedo, mas aquilo era definitivamente uma palavra sendo apontada para seu respectivo significado.

-Auau! Auau! - ela exclamou, se inclinando para engatinhar na direção do animalzinho, mas a contive, mesmo que em choque, e sorri para ela.

-Sim, meu amor. Aquele é o cachorro e ele faz auau - disse a ela, que bateu palmas e olhou de mim para o cachorro, apontando.

-Auau! - repetiu quando a mulher nos alcançou e ela sorriu docemente para nós.

-Diga oi, Maurice, ela gostou de você - ela disse, afinando a voz para falar com minha cria - oi, bebê!

Mas Cake, além de não ter muita habilidade em decifrar o inglês, estava muito concentrada no cachorro, batendo palmas e se inclinando em sua direção a medida em que ele passava e se distanciava.

Fiquei tão feliz com sua primeira palavra que levei horas para perceber que ela não havia sido "mama", o que só aconteceu, na verdade, quando liguei para Dinah contando e ela disse:

-Meu Deus, Lauren. O cachorro de uma desconhecida foi mais importante para sua filha do que você.

Não é preciso dizer muito para saber que ela me zombou até eu desligar afirmando que tinha que contar aos meus pais.

-Alô, Lauren? - a voz de papai atendeu o celular de mamãe.

-Pai, Cake está falando! - disse a ele.

-O que?! Meu Deus! Isso é sério? Ela tem tipo, nove meses! - exclamou, incrédulo e ouvi mamãe perguntando o que era - É Lauren. Disse que Cake está falando.

-Oh, meu Deus! Me dê isso aqui - ela mandou e ouvi os dois disputarem o celular até decidirem colocar no viva a voz - ela falou mesmo? Não foi impressão sua?

LIVRO 4 - EXTRA TRILOGIA - Com todo o meu amor, LaurenOnde histórias criam vida. Descubra agora