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Olá!

Queria dizer que vocês são incríveis de verdade e eu fico até sem saber o que dizer. Obrigada por tudo!

ALERTA DE GATILHO: capítulo muito fodido sobre as questões da Lauren.

E é isso.

Boa leitura!

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A liberdade tinha um sabor incrível.

Cerca de dois meses depois de ter me mudado, as coisas estavam em uma boa rotina.

Passava meus dias em torno de Cake. Brincávamos em cada cômodo de casa e quando nos cansávamos íamos brincar na neve quando ela passou a chegar, fosse em um parque, fosse no quintal de casa.

Keana e Louise passaram a ser uma constante e eu sentia que estava sendo disputada, apesar de Louise ter investidas mais fortes e Keana respeitar e me dar um apoio maior desde que falei sobre Camila.

Keana também era a favorita de Cake, que se divertia e se esforçava com seu vocabulário limitado de francês para impressioná-la.

No entanto, estar tão longe era um tanto triste, principalmente quando eu pensava em Camila e na possibilidade de estar perdendo ela por estar tão fora de alcance. Só que ao menos em um ponto eu precisava pensar em mim em primeiro lugar e sabia que estava realmente necessitada desse tempo longe.

Além disso, se ela quisesse saber de mim sempre poderia falar com Normani.

Eu nem me atrevia a perguntar se ela fazia, com medo de uma resposta negativa que apesar de entender, seria muito deprimente.

Eu era uma pessoa horrível. Duas mulheres visivelmente querendo minha atenção e minha mente e corpo adormecidos, talvez congelados, quem sabe mortos.

Tremia, mas não da maneira boa, só em pensar em ter algum contato físico com alguma delas e isso só me fazia me questionar se havia algum problema muito grave comigo e eu estivesse quebrada ou algo do tipo.

E aí era fim de ano e meus pais e irmãos estavam ali.

A pressão sobre mim era tão grande com a presença deles que eu sentia que desmaiaria a qualquer momento.

Haviam críticas desde nossas roupas de inverno até o modo como o cabelo de minha filha era penteado, que seus fios estavam grandes e eu deveria fazer uma franja ao invés de simplesmente parti-los ao meio porque a opção deles a tornaria uma criança muito mais bonita, assim como eu era quando deixava minha mãe manter meu corte de franja por minha infância toda.

Haviam críticas quanto a nossa rotina, quanto ao interesse limitado dela em brincar apenas com ursos de pelúcia - o que aparentemente era culpa minha que não incentivava a brincar com as coisas que simplesmente não tinha vontade -, a nossa alimentação aparentemente extremamente saudável e até a forma que eu a colocava para dormir.

Eu estava por um fio e havia passado a sair e ficar fora o dia quase todo na última semana apenas para não ouvi-los dizer que eu era uma péssima mãe, muito relaxada com umas coisas e muito rigorosa com outras, que não sabia fazer o que deveria da maneira correta e que eu deveria voltar com eles e deixá-los me ajudar.

Sentia muita falta de minha rotina apenas com minha filha, da tranquilidade e harmonia que tínhamos.

Trabalhava na Cookies pela manhã, onde havia me apresentado como chefe, voltava no horário da soneca de Cake, me enterrando com ela em seu quarto e só saindo quando acordava, dando a ela um lanche e indo para a rua para termos um tempo juntas, voltando depois que tivéssemos jantado com Louise e às vezes Keana, que morava e trabalhava em outro lugar na cidade, colocava Cake para dormir e saía de novo.

LIVRO 4 - EXTRA TRILOGIA - Com todo o meu amor, LaurenOnde histórias criam vida. Descubra agora