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Olá, pessoas!

Espero que estejam bem.

Tenham uma boa leitura!

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Dois anos.

Eu mal podia acreditar, mas meu bebê já tinha dois anos.

Ela parecia um anjinho ali, deitada agarrada a mim, os cabelos tão lisos espalhados e a boca entreaberta, mas quem convivia sabia que era uma verdadeira peste.

Vivia correndo, desenhando em tudo, tagarelando, gritando, cantando. Era uma criança muito enérgica e criativa.

Enquanto a olhava, senti que o tempo corria rápido demais. Não parecia que completava dois anos desde que a peguei nos braços pela primeira vez e vi seus olhinhos voltados para mim me puxando para um mundo totalmente novo.

Eu a quis tanto, a desejei e esperei tanto e Cake era exatamente o que pensei que seria, não em sentido de físico ou de personalidade, mas que ela era simplesmente o maior amor de minha vida.

E ainda que eu tenha me preparado ao máximo para ser mãe e atender as suas necessidades o melhor possível, continuava aprendendo com ela a cada dia mais, porque era tão peculiar e ao mesmo tempo apenas uma criança como crianças são.

Era uma situação confusa se fosse parar e pensar, mas eu não fazia isso. Ia em seu ritmo e assim a vida seguia.

Seu pequeno cenho franziu, demonstrando que estava acordando antes mesmo que seus olhinhos se abrissem, me encarando por alguns segundos em silêncio.

-Bom dia, meu amor - disse a ela, que esfregou os olhos com o pulso.

-Dia, mama - meu pequeno bolinho que dizia de tudo em francês e espanhol desejou.

-Hoje é um dia muito especial, sabia? - perguntei e ela negou com a cabeça - é dia do seu aniversário. Você está fazendo dois aninhos.

Seus olhinhos se arregalaram e ela perguntou exatamente o que previ.

-Tem bolo?

-Apenas depois do café da manhã - falei - vamos levantar, escovar os dentinhos e tomar café primeiro, entendeu?

-Por quê? - ela perguntou, fazendo bico - quero agora!

-Eu sei que quer, mas cada coisa tem seu tempo - expliquei - todos os dias precisamos acordar primeiro e depois fazer as coisas, não é?

-É.

-E todos os dias precisamos escovar os dentes depois de acordar, não é?

-Uhum.

-E depois, todos os dias tomamos café, não é?

-Sim, mama - disse.

-Por isso vamos fazer o bolo só depois - expliquei - podemos levantar agora?

-Sim - respondeu e eu achava a coisa mais adorável do mundo a forma como falava francês.

Levantamos e fomos para o banheiro escovar os dentes.

-Meu amor, está com xixi? - perguntei como toda manhã e como em alguns momentos do dia.

-Não sei, mama - ela disse como em todas às vezes e eu me perguntava quando ela começaria a perceber suas necessidades fisiológicas.

Ela parecia tão longe de sair da fralda. Simplesmente estava confortável em usá-la e não se preocupar com isso. Eu pedia para me avisar quando sentisse vontade de fazer alguma coisa, mas isso ainda não tinha acontecido e ela nem mesmo mexia na fralda ou queria tirar.

LIVRO 4 - EXTRA TRILOGIA - Com todo o meu amor, LaurenOnde histórias criam vida. Descubra agora