Ausência

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Eu notei que algo não estava dentro dos conformes, e mesmo que eu evitasse olhar diretamente para Caroline eu pude perceber devida hesitação em seus movimentos. A ruiva não se importava em sujar os dedos com a pizza e de fato isso me assustou, porque Caroline era a pessoa mais organizada e fresca que existia no meu mundo; além de que, as expressões preocupadas e minimizadas que ela fazia ao pensar só me fizeram confirmar as suspeitas. Carol não percebeu que havia terminado o seu prato e ficou olhando para o nada tentando entender alguma coisa. Eu esperava que ela se pronunciar primeiro porém eu me frustrei no minuto seguinte com o silêncio da ruiva.

Eu que havia errado tão feio assim? — relaxei os músculos ao perceber que ela se levantou da mesa, levantei as sobrancelhas surpresa e fui atrás dela.

— Por que você não me falou que estava trabalhando com o seu ex namorado? — Questionei diretamente deixando Caroline com uma cara assustada.

— Como você sabe? — Ela se virou pra mim depois de lavar as mãos.

— Você sabia que tem uma foto de vocês dois juntos dentro da sua gaveta? — Sorri sem jeito. — Eu fui procurar pilhas na sua gaveta e acabei vendo a foto.
Ele é bem mais feio pessoalmente. — pensei e soltei uma risadinha deixando Caroline sem entender nada.

— Por que está rindo? Qual é a graça? — Caroline indagou novamente.

— Não, é só que... — Tentei segurar o riso ao lembrar do rosto de Taylor. — Eu não me importo de ver você trabalhar com ele, até porque eu não tenho nem um direito sobre isso. — Sorri pegando a mão dela. — Eu entendo que é o seu trabalho e eu sempre vou respeitar isso.

Afirmei sentindo um certo cinismo em seu olhar. Ela estava com vergonha de olhar em meus olhos e senti que estava arrependida de alguma forma.

— Tudo bem! — Caroline se levantou e foi direto para o banho, e eu fiquei estagnada tentando achar a resposta um pouco convincente.

A resposta dela não me convenceu nem um pouco, ela estava estranha. Eu suspirei fundo e esperei para que ela terminasse o banho, então eu fui até o quarto e puxei ela pela mão até sentarmos no sofá da da sala para conversar. Eu amava Caroline intensamente e eu a conhecia muito bem para entender que havia alguma questão a ser discutida dentro do nosso relacionamento, era um amor intenso porém funcionava como uma armadilha; quanto mais distantes ficávamos maiores as chances de sofrermos. Mas eu não queria desistir, não se dependesse de mim.

— Qual é o problema Baby? — Perguntei serena. — Eu só quero que você fique bem, então por favor divide esse pensamento comigo. — Afirmei deixando um beijo em sua bochecha.

— O meu pai, ele quer vir me visitar mas não sabe do nosso relacionamento, isso me deixa triste. — A ruiva suspirou me encarando. — Eu conheço o meu pai e sei que ele não vai se importar de ver a filha feliz em um relacionamento lésbico. — Vi Carol suspirar duas vezes antes de tentar falar o final da frase. — É que...

— É que ele é um ex chefe da polícia e eu sou uma ex traficante? — Sorri sarcástica com a lógica que Caroline tinha aprontando em sua própria mente.
— Olha, eu não sou tola, eu penso muito nessa questão também, mas quer saber? — Disse pegando firme a mão dela. — Eu vou estar aqui do seu lado e vou mostrar ao seu pai que eu melhorei como pessoa, e tenho certeza que ele vai entender o meu lado. — Afirmei deixando beijinhos em seu pescoço.

— Que bom que você entende isso... — Caroline afirmou com dificuldade ao sentir meus beijos em seu pescoço.

Eu não sabia o que estava acontecendo, minha intenção era prender Carol com os nossos assuntos mas eu fui totalmente impedida com o magnetismo de seus olhos. Passei a ditar sua boca e seus olhos em segundos alternados, eu sentia sua respiração ofegante e logo parti para um beijo. Eu quebrei a nossa distância e senti ela correspondendo aquele beijo deixando tudo mais delicioso. Enlacei sua cintura e a coloquei sentada em meu colo. Nossos corações batiam freneticamente, eu sentia todo o meu corpo arder, naquele momento não existia ninguém no mundo, era apenas Caroline e eu.

Quando seus beijos cessaram eu logo parti para o seu pescoço, sentindo sua respiração totalmente falha e intensa. Ela passou as unhas por meu abdômen por dentro da blusa e eu senti um arrepio forte. — Tira sua blusa! — A ruiva ordenou no segundo seguinte. — Puxei minha blusa rapidamente e arranquei seu Robbie na velocidade do vento.

Tal ato me deixou ainda mais excitada, ela mordia os lábios encarando metade do meu corpo quase Nu; seus olhos emanavam luxúria pura, eu estava tão hipnotizada. Se ela me pedisse para pular da janela daquele andar com aquele olhar, eu o faria. Mas eu entrei no jogo também porque eu sabia que ela amava ser ordenada nessas horas. — Tira o seu sutiã por favor. — Falei em um sussurro.

— Não peça Lima, ordene! — Ela disse arrancando todas as suas roupas íntimas de uma vez.

Eu aproveitei e arranquei as minhas roupas junto. Eu a peguei no colo e a levei para o nosso quarto, joguei a ruiva na cama e fiquei observando a mulher que eu tinha comigo. Eu estava fodida.

Minhas mãos subiam e desciam por aquele corpo magnífico, assim que toquei sua intimidade eu fui ao céu e voltei, porque sentir Caroline excitada naquele ponto só para mim era algo dos deuses. Com a força que eu não tinha, peguei impulso e subi o corpo da ruiva em direção ao meu rosto e logo em minutos meu rosto estava lambuzado da sua excitação. A ruiva desceu e sentou em minha cintura tentando procurar mais contato e eu só conseguia ficar mais excitada. — Eu quero você cavalgando em meus dedos, agora! — Ordenei e logo a vi fazendo tal ato.

Eu estava impressionada de como Caroline podia ir de tímida a selvagem em questão de segundos. Eu arrastava a outra mão por suas costas a impulsionando com mais força em meus dedos. Seus gemidos eram música para os meus ouvidos, e provavelmente todo o prédio estava escutando o nosso amor naquele momento. — Por Deus Dayane, eu tô quase. — Carol afirma em um grito, gemendo e sorrindo safadamente.

Eu mais depressa ao conferir que ela estava quase gozando logo troquei de posição. Coloquei um sorriso mais safado possível no rosto e ordenei a ela novamente. — Você gosta de gemer pra mim? — Perguntei no ouvido dela. — Quero você de quatro, implorando por mim. — Carol mais que depressa se ajeitou na posição e começou a implorar, eu logo deixei a marca da minha mão em sua bunda e vi ela mordendo os lábios safadamente.
— Você gosta que eu te bato? É?— Dei outro tapa. — Acho bom você se comportar com aquele cara, porque se não eu vou ser obrigada a te punir. — Afirmei penetrando meus dedos e escutando o seu gemido alto.

— Lima eu vou... — Ela dizia em um sussurro. — Não para, não para!

Após ela dizer isso eu peguei seus cabelos para ter mais contato e continuei o mais rápido possível. Segundos depois eu senti o seu líquido se escorrer entre meus dedos e logo cheguei ao ápice quase junto com ela. Carol em seguida caiu na cama cansada e me olhou e sorriu. — Se você for me punir assim, eu vou errar sempre. — A ruiva disse em meu ouvido e eu logo sorri.
— Você é uma deusa, a minha deusa. — Afirmei deixando um beijo sereno em seus lábios.

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