Miss u

307 40 11
                                    

Por sua vez, Gizelly até tentou de todas as formas me impedir, mas não tinha jeito: ou ela arrumava um jatinho pra mim ou eu mesma me virava para chegar até lá. Graças a minha sorte e toda a influência que Gizelly tinha, com a ajuda de Victor a mais velha conseguiu arrumar o seu jatinho para Paris de forma super discreta e sem despertar os paparazzis que sempre ficavam pelo aeroporto em busca de algum flagra. Apesar de nem sempre me acompanhar, desta vez Gizelly decidiu ir para me ajudar na justificativa que a eu daria a Caroline, ou talvez essa era uma desculpa esfarrapada para fazer compras na capital francesa.

Ainda era de madrugada quando o jatinho aterrissou na capital francesa, e ainda que lá fosse bem mais tranquilo do que Nova York, algumas pessoas nos reconheceram e tiraram fotos, mesmo que jatinho nos deixasse em uma pista privada de aterrissagem, não havia sido capaz de evitar o burburinho e aglomeração com a nossa chegada. Um carro aguardava do outro lado da pista, como um carro de fuga. Ao lado da Ferrari vinham vários publicitários e reporters. Assim que descemos o celular de Gizelly tocou, e a mulher resmungava coisas no telefone e olhava por cima dos óculos Gucci para pontos que os paparazis estavam. Lentes de câmeras, flagrei uma ou duas, grandes como telescópios, apontando o caminho que nos faziamos de encontro ao carro.

As pessoas faziam da nossa breve passagem a cidade se tornar algo de conhecimento público.

Entramos no carro a saímos bruscamente daquele local cheio de reporters, logo tratei de colocar o endereço no gps para chegar até o hotel que Caroline estava. Peguei o celular para avisar Victor que tinha chegado bem. — Você não vai tomar um banho antes de ir vê-la? — Gizelly disse em olhando pra mim quando percebeu que já estávamos  chegando ao hotel em que estavam hospedados. Não — Preciso ver ela. — sorri de forma amigável, descendo do automóvel e adentrando no saguão do prédio logo em seguida. — Iremos nos hospedar aqui, ache um quarto pra gente, irei ver Caroline!

Após cruzar toda a recepção, dentro do elevador sozinha pude sentir um cheiro de suor vindo de meu corpo, já que não tomava banho há mais de 24 horas. Por ter sido tudo feito às pressas, eu não tive tempo nem de pegar malas nem nada, apenas sai do estúdio direto pro aeroporto e me enfiei em um jatinho para Paris atrás da mulher que amava. Cada passo que dava pelo corredor em direção ao quarto de Caroline eu ficava nervosa como se fosse a primeira vez em que fosse vê-lá. Eu não sabia como estava a vida da garota, mas da última vez que escutei algo sobre ela, Carol estava se relacionando com Taylor, porém, mesmo que ainda estivessem juntos, eu não iria recuar naquela altura do campeonato sem dizer para a ruiva tudo o que queria dizer. Parar na frente da suíte presidencial fez o meu coração acelerar, mas sem pensar muito eu apenas me limitei em erguer a mão no alto e dar fortes batidas na porta, sem nem ter me atentado ao fuso horário e que já era tarde da noite em paris.

Eu estava prestes a dar mais uma batida na porta quando percebi que alguém a abria com certa cautela. Ao notar os olhos castanhos(que há tempos não via) me encarando por uma fresta, deixei que um sorriso tímido se formasse em meu rosto e apesar de ainda estar completamente fora de mim com todo o baque da música e da jet leg da viagem que fiz às pressas,  consegui sentir também um baita nervosismo ao finalmente rever Caroline por completo em minha frente. Por mais que quisesse olhá-la nos olhos, já era instintivo meu olhar se direcionar para o corpo da  ruiva, que vestia apenas um baby doll de cetim que combinava perfeitamente com o seu corpo. Obviamente ela estava dormindo — pensei —

— Dayane?

Talvez essa ideia de vir até aqui não teria sido uma das melhores!

Ironia do Destino Onde histórias criam vida. Descubra agora