meu percurso é ensaiar o próximo passo
meus pés se batem:
não querem aprender
a trajetória mais curta é não se mexer
Taylor e o seu novo romance! Cantor é flagrado aos beijos com sua nova namorada depois do seu show! Após sua entrevista ele disse que iria curtir com sua namorada em LA.
Raiva e ciúme eram os sentimentos que me corrompiam de dentro para fora, eu fiquei cega quando vi a notícia na web, eu fiquei totalmente sem ar, Caroline estava esplêndida e estava perfeita como sempre, mas ela estava sendo tudo isso para ela, e para ele também; não mais para mim. Era um sentimento único, antigo, e não tão estranho. Reconhecível. Um aperto no peito, a raiva no olhar, a tristeza nas expressões corporais. Doía a ponto de me fazer chorar com os olhos fechados... A preocupação, a pressa, a ansiedade pareciam tão urgentes que eu me sentia longe de casa novamente.
Peguei o carro de Victor e segui em direção a cidade dos anjos. Se eu acelerasse poderia chegar lá em questão de três horas. Mas antes eu precisava confirmar se eles estavam realmente indo pra lá. Já acelerando na estrada eu liguei para Carlos e confirmei que eles estavam a caminho também.
- Eu sei que vocês terminaram, eu sinto muito... -- Ele afirmou sincero. - Eu gostava de como Carol era quando estava com você, por favor não a perca. -- Carlos pediu ligeiramente chateado também. E ouvir teu resmungo sobre o meu maior problema mundano foi o mais próximo de leveza que existiu entre mim e há dias.- Não a deixe desistir! -- Ele pediu e logo o meu olhar de soslaio refletiu um descaso forjado me causou um imenso cansaço sentimental. Nesse momento Carlos não disse mais nada, eu eu parei de procurar por qualquer libertação vinda de mim, um lugar inóspito para redenção de tal graça. -- Sinto muito. -- Disse encerrando a ligação.
Eu também desistiria.
As horas pareciam não passar, eu não não sabia quanto tempo estava naquele carro, evitava olhar o relógio para que ficasse mais ansiosa. E mesmo que lá fora estivesse um pouco frio, eu suava de nervoso como se estivesse em um verão qualquer. Coloquei a mão no meu bolso e de lá tirei uma foto nossa que estava meio amassada, Caroline estava deslumbrante como sempre, e eu exalava uma felicidade extrema.
Eu dirigia pelas ruas de LA, meus pensamentos estavam tão bagunçados, eu não sabia e muito menos entendia se deveria ter paciência ou se deveria me deixar ser tomada pela raiva que estava quase fazendo minhas veias estourarem.
Parei o carro em frente a casa do pai de Caroline, no momento fiquei estática, não conseguiria me mover então resolvi esperar. Encostei a cabeça no banco e me permiti pensar sobre nós. Eu não sabia o que pensar exatamente, minha raiva não me deixava raciocinar. Porém comecei a ter a sensação de que fui injusta com Caroline, eu deveria ter contado a verdade, deveria ter ficado e implorado suas desculpas. Mas ai me lembrava de como ela disse que não confiava mais em mim me deixava ainda mais confusa.
Talvez eu tivesse precipitado minha decisão de ir.
Não entrava na minha cabeça que ela me substituiu justo pelo cara que eu mais tinha ciúmes — Porra Caroline, que merda! — gritei sozinha. - O ciúme a dor e a humilhação me corrompiam.
Continuei ali parada por algum tempo pensando se batia a porta ou apenas deixava nossa história para lá. E quando finalmente decidi dar partida no carro eu pude perceber um veículo preto e importando chegando atrás. Estreitei os olhos ao ver Taylor saindo de dentro dele, logo o vi tocando a campainha da casa de Carol. Logo minha raiva subiu a cabeça novamente, decidi descer do carro e ir até ele.
Ao me ver o engomadinho assumiu uma postura ativa, como se pudesse me enfrentar.
— Pensei que tinha deixado bem claro que Caroline é minha! — Afirmei. — Você nem se quer esperou para que pudesse tomá-la de mim, seu filho da... — Agarrei- o pela gola da jaqueta e o prendi contra o carro.
— Não seja patética! Tem sorte por eu ainda não ter escavado a fundo a vida dela e tirar a sua presença de vez de lá... — Taylor suplicou. — nesse momento Caroline saiu de casa junto com o seu pai, antes que ela pudesse falar qualquer coisa eu deixei um soco no rosto do homem.
Outra risada.
Seu sarcasmo era o que mais odiava. A forma como ele tenta não demonstrar estar abalado apenas para não ficar por baixo, eu olhei para Caroline e minha garganta travou, ela ficaria do lado dele.
— Solta ele Dayane! — ela gritou vindo em nossa direção. — eu escutei ela e fui afrouxando o aperto e em seguida me arrependi, porque Taylor novamente sussurrou algo.
- Ficou cega com a Ruiva que não consegue fazer nada por si própria, agora ela consegue te transformar em uma otária - Minha vista escureceu e perdi o controle dos meus atos quando acertei um soco em seu rosto, conseguindo derrubá-lo no chão, com a cena sendo assistida por Carol e Carlos.
Apesar disso, não sinto que foi suficiente, queria mais, eu precisava descontar minha raiva, mesmo que isso nem combine comigo. Me lembro do que eu fiz com Caroline e o quanto Taylor era importuno as vezes. Eu bati tantas vezes que minha mão ficou dormente.
Inclinei o meu corpo e o puxo para cima com facilidade, Taylor sempre foi mais franzino, leve, comparado a mim, então o que não tornava a tarefa difícil já que ele parece estar em estado de choque por causa da briga.
— É covarde demais para reagir?
Ergo o punho, mas sou contida por duas pessoas que me puxam, eram policiais.
Minha respiração estava pesada, a cabeça latejando e isso porque não passou das três da madrugada.
Ele se debate e logo os dois polícias me puxam pra longe novamente. — Tira a mão de mim — Esbravejo — me soltem antes que eu faça coisa pior com vocês e que me arrependa depois. -- Afirmei empurrando o policial e e permitindo acalmar ao ver o estado de Taylor.
Caroline logo me puxa me afastando dos policiais, que agora estavam com o olhar assustado. — Está louca Dayane? O que é isso?
— Eu? Louca? — Disse sarcástica. —Louca foi você de cometer a maior burrada da sua vida. -- Gritei de volta -- Acabou! Você que fique com esse merda. — Falei e logo fui em direção ao carro, mas senti ela me puxando de volta.
— Espera Dayane, não é o que parece.
— Me deixa em paz Caroline, eu vou seguir a minha vida longe de você. — Disse me desvencilhando. — Você não teve capacidade de me escutar aquele dia, então eu também não quero te escutar agora. — Afirmei gritado.
Entrei, então, parti dali. Tinha uma sensação de perda, de derrota, de vergonha. Decidi não ir para casa, preferi ir à praia e seguir a orla iluminada pela lua. E com toda a escuridão intensa eu me sentia perdida, sem saber o que fazer. Eu estava com medo de não conseguir seguir minha vida sabendo que eu coloquei tudo a perder, se novo..
— Oi Victor! — Afirmei atendendo a ligação não perdendo a concentração nas ondas do mar. — Sim, eu peguei o seu carro.
— Eu sei que você pegou o meu carro, não se preocupe. — Ele riu do outro lado da linha. — Liguei pra saber se você vai aceitar a proposta da turnê na Europa, sabe, a Rafaella está me cobrando uma resposta imediata.
— Eu vou fazer essa turnê, mande fabricar o meu passaporte, em um mês estaremos embarcando.
— Voce precisa buscar as suas coisas na casa de Caroline. — Ele disse fazendo o meu coração fincar. — quer que eu faça isso por você?
— Não é necessário Victor, eu mesma irei lá buscar as minha roupas. Farei isso ainda essa semana. — Disse fria. — prepare seu coração garoto, temos uma turnê para estourar. — Disse sorrindo por estar indo realizar o meu sonho.
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Ironia do Destino
RomanceDepois de uma grande tragédia, talvez Day nunca mais seria a mesma...Ela havia mudado, todos sabiam desse fato, a garota simplesmente não podia fechar os olhos para os erros do passado, que estremeciam seu cotidiano. Depois de perder sua família, o...