Ironia do Destino

Popstar

DAY! A maior Popstar dos Estados Unidos reata com sua Namorada.

De Acordo com as notícias em vários sites o casal que o público tanto ama está de volta. As duas mulheres foram vistas saindo de um hotel em Paris direto para o aeroporto. Seriam apenas boatos? Elas estariam pegando o voo para Nova York? O anel de brilhantes presente no dedo anelar das duas garotas não passou despercebido, com isso podemos tirar a conclusão da volta do relacionamento Dayrol.

— Parece que a mídia gosta mesmo de falar sobre você! — Carol afirma me mostrando a matéria em algum site de fofoca.

— A nossa volta está sendo comentada no país inteiro, eu estou achando um máximo. — Dayane suspira com um sorrisinho sem graça. — Deixe que o mundo saiba sobre nós.

O relógio no meu pulso se aproximava das seis horas da tarde, quando eu, Carol e Gizelly embarcamos no voo direto para Nova York. Cada uma tinha uma taça de vinho na mão (já era minha quarta naquela tarde), conversávamos sobre qualquer coisa que vinha na cabeça. Era bom ter boa companhias depois de um dia exaustivo de compras em Paris.

— Eu sinto que isso foi muito melhor e mais repercutido que a volta no One Direction. — Gizelly disse nós fazendo rir com o seu comentário.

— Mas o One Direction não voltou a ser uma banda! — A ruiva afirmou ao meu lado sem entender muito bem o comentário da mais velha.

— Exatamente! — Gizelly disse gargalhando. — A volta de vocês não vão sair dos sites de fofoca por um bom tempo, a não ser que o One Direction volte a fazer músicas. — Sorri com a fala de Gizelly. — Aí vocês duas são jogadas pra escanteio. Mas enquanto isso não acontece, deixe que falem de vocês.

A minha sobrancelha e a da ruiva se arqueiam em uma curiosidade pretenciosa. A outra garota se inclina levemente para rir da nossa feição.

— Já que estamos falando de relacionamentos. — Afirmei duvidosa — E e a Rafaella? — Perguntei diretamente a Gizelly.

— Ela está bem. — A mulher responde revirando os olhos pela minha atitude quase infantil perguntar sobre as duas.

— Só bem? — Carol questiona. — Quer dizer... Você já... Beijou ela? Transaram? — Pergunta em um sussurro, arrancando alguns risinhos baixos da outras mulher, inclusive meus também.

— Óbvio que não! — Responde fingindo ofensa. — estamos na fase de descobrimento de paixão.

— Então quer dizer que você está apaixonada por ela? — Questionei e vi Gizelly arregalar os olhos quase negando o fato.

— Não haja como se você não estivesse. — Agora foi a vez de Caroline insinuar algo. — Admita! Todas nós já sabemos. — Ri com o comentário. — Até eu que estava de fora do grupo já sabia disso.

Gizelly suspira e bebe mais um gole de seu vinho, como se aquele líquido contesse a coragem que ela precisava para admitir aquilo em voz alta. — Você é uma fofoqueira Dayane. — Indagou e lançou um olhar matador diretamente pra mim.

— Tudo bem, eu tenho uma queda pela Rafaella desde que conversamos pela primeira vez na boate em Nova York. — Enquanto eu ria em satisfação, carol encarou Gizelly com um olhar quase investigativo. Os seus olhos a pressionavam tanto, que ela sentiu que explodiria se não falasse a verdade. — Tá! — Sua voz sai mais esganiçada do que o previsto. — Não é só uma queda. Eu acho que eu... a amo.

— Acha? — Caroline pergunta provocativa.
— Que inferno! Sim, eu amo a Rafaella Kalimann. Que merda! — Bebe mais um gole de seu vinho enquanto nos duas gritávamos em euforia. - Satisfeitas?

- Não completamente. — Eu afirmei com a voz arrastada, se aproximando mais e a deixando com um certo medo. — Você já contou a ela?

— Está maluca? — Responde com os olhos arregalados. — É claro que não!

— E por que não? — a ruiva questiona. As nossas vorazes ficavam cada vez mais provocativas, e aposto que gizelly tinha vontade de enfiar a cabeça no primeiro buraco que aparecesse.

— Acho que ela não sente o mesmo por mim!

— Rafaella que te disse isso? — Perguntei duvidosa.

A mais velha abre a boca duas vezes para responder, mas não sai nada dali. Suas cordas vocais dão um nó, junto de seu cérebro. Nós tínhamos apresentando um bom ponto.

— Vamos mudar de assunto, acho que ela vai explodir a qualquer momento se continuarmos falando de seus sentimentos pela sua secretária. Caroline toma partido e vejo Gizelly agradecer silenciosamente, respirando fundo quando começo começa a falar da série nova da Amazon Prime.

As horas passaram, os assuntos mudaram inúmeras vezes, mas eu tinha plena certeza de que aqueles questionamentos que fizemos a Gizelly não saiam de sua cabeça. Uma angústia crescia em seu olhar, e eu podia sentir que ela precisava falar a Rafa sobre seus sentimentos... Talvez ela não tinha coragem o suficiente para isso. Acho que nem as garrafas de vinho vazias que tomamos durante o voo, iriam ser o suficiente para encorajá-la. Mas então uma ideia veio à minha cabeça.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem a Rafaella pedindo para nos buscar no aeroporto, dizendo que Gizelly precisava conversar com ela sobre algumas questões. Ao apertar o botão de envio, um arrependimento me invade de maneira que minha respiração fica descompassada. Mas estava feito, agora me restaria lidar com as consequências daquilo. Eu queria ajudar as duas, talvez isso fosse apenas um empurrão para que pudessem admitir o sentimento que sentiam uma pela outra.