Curiosidade

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Eu estou ouvindo as músicas que dediquei para aqueles que me ajudaram , e é como se eu sentisse o bom trabalho que ando fazendo.

POV CAROL BIAZIN

Sabe aquele ditado? Eu gosto de você, mas isso não quer dizer que podemos ficar juntos.

Eu gosto até gosto dela, gosto mesmo. Mas isso não significa nada. Não mesmo. Não significa que eu vá correr atrás feito desesperada, nem que eu vá deixar de viver porque ela não dá a mínima. Bom, pelo menos é o que parece.

Sabe, ninguém morre de paixão. Não deve ser tão difícil assim deixar pra lá, não pode ser. E além do mais, amanhã é outro dia, e depois de amanhã, lá vem mais outro... Olha que maravilha, eu ainda consigo pensar direito. No começo é sempre difícil, a gente chora de raiva porque é o que se tem pra fazer. Pode demorar, mas a gente sobrevive.

Porque a verdade é que beijar Dayane foi um grande erro. Ela até que é uma pessoa legal, sempre mostrou ser uma pessoa boa, divertida, engraçada. Mas é que eu não posso simplesmente largar tudo que eu construi para viver uma louca paixão junto dela. Não da!

Eu desejo muito que ela permaneça em minha vida, mas espero que nossos sentimentos não se aflorem e se tornem algo que não poderemos sustentar! Eu gosto dela, mas não ao ponto de largar uma vida de escolhas certas, por uma errada.

— Detetive Biazin! — Escuto meu nome sendo chamado dentro da delegacia. — Compareça em minha sala por favor! — Sinto meu corpo gelar ao ver que o capitão do batalhão desejava falar comigo.

Me levantei às pressas e fui diretamente para a sua sala. Tudo que se passava em minha cabeça era, será que ele havia descoberto meu envolvimento com Dayane? Eu esperava muito que não!

— Detetive Biazin, tenho boas notícias para você! — O capitão afirmou puxando alguns papéis. — Quero que saiba que o caso do assassino do farol, está encerrado! — Ele disse e eu juro que senti o meu coração parando por alguns segundos.

— Como? — Questionei sem entender a veracidade da situação. — Estávamos quase prendendo o assassino! — Afirmei.

— Ele foi encontrado morto, no local que o crime ocorreu! — O capitão fala empurrando a pasta com os documentos e as fotos. — Foi comprovado que ele suicidou-se.

Após a fala dele pude ver as fotos do homem morto, preso entre as pedras pontiagudas que tinham ao pé da torre. A mesma torre que Dayane permanecia na época.

— Ele pulou da torre e caiu lá embaixo! Ou seja, ele está morto e você está dispensada desse crime. — Ele afirmou me deixando em choque, também muito curiosa com o que tinha acontecido.

Parece que o universo realmente se interessava em me ver perto dela. Eu comento sobre os obstáculos de querer ela perto de mim, e pronto, o universo acaba de resolver tudo isso por nós! Mas uma coisa que me deixava curiosa, era como tudo aquilo tinha se resolvido em dois dias? Justo quando eu beijo Day, o assassino do mesmo crime que ela estava envolvida aparece morto?

De fato, ou o universo estava sendo bom com a gente, ou tinha alguém bem influente que mexia os pauzinhos para que ela saísse ilesa!
Isso não vai passar em branco Dayane, eu vou descobrir o que você fez para sair facilmente dessa.

Eu descobriria, mesmo tendo sentimentos por ela, eu desejava muito descobrir qual era o nível de envolvimento dela nesse crime!

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