Ok! Caroline havia dado sorte por ter me encontrado feliz depois de longas semanas questionando vários sentimentos. Eu havia ganhado a corrida e a primeira pessoa que encarei não multidão foi ela, comemorei com todos e depois fui tentar descobrir o que ela tanto desejava.
-- Mil desculpas por ter aparecido assim, de verdade... Eu não queria deixar você ir embora sem me despedir. -- As mãos juntas próximo ao rosto, como se tivesse realmente pedindo perdão foi a primeira coisa que vi quando me sentei ao seu lado na varanda com duas xícaras de chá de acompanhamento.
— Agradeça à minha felicidade por eu ter respondido de bom humor no mesmo instante em que me chamou. — Afirmei sem graças.
- Jura que eu não te incomodei?
- Juro, Caroline. - A resposta saiu junto com uma risadinha por conta de sua preocupação e seus olhos estavam voltados a mim enquanto tomava um gole do meu chá.
- Não precisa fazer média só porque estou aqui.— Nos duas sabemos que o seu coração anda magoado comigo.
- E quem disse que estou fazendo isso por você? - Perguntei rindo fraco, voltando à encarar a paisagem da sacada da casa. - Não se ache tão especial, Biazin.
- Você é igualzinha o meu pai. - Ela comentou sorrindo.
— O que apenas alguns dias de convivência não fazem, não é? - Ao meu lado, pude ouvi-la rir e o meu coração errando cada vez mais batidas. Eu podia jurar que ela escutaria a minha frequência cardíaca.
Esperando ela dizer alguma coisa, encostei-me na cadeira ao lado dela e pensei nos próprios atos desde o momento em que Caroline apareceu aqui sem me mandar mensagem para que me preparasse. Todas as minhas falas voltadas a ela expressavam a mesma preocupação de quando ainda namorávamos, simulando a situação exata de quando ela chegava extremamente cansada do trabalho em um dia completamente gelado, como o de hoje.
A lembrança de momentos assim invadiram minha mente de forma instantânea e senti como se tivesse voltado no tempo, com ela esperando-me no quarto, deitada com o travesseiro cobrindo o rosto, extremamente cansada e louca por uma conversa e uma boa xícara de chá. E foi exatamente isso que me fez sorrir involuntariamente, sendo essa a prova concreta de que a conversa que tive com Rafaella na semana passada era real, principalmente o seu ponto de vista em dizer que no final sempre nos reencontraríamos.
— Parece que o que está martelando em sua mente é sério mesmo. - Carol retirou o a xícara da minha mão e colocou ao lado, encostando a cabeça no meu ombro.
- Por que acha isso? — Questionei curiosa.
— Você estava na mesma posição de quando algum problema acontecia — Ela explicou.
— Você lembra de cada coisa. - O jeito em que ela disfarçou o sorriso e a vergonha, mexendo a colher dentro do chá, fez com que sentisse uma certa felicidade por ela estar aqui e ainda sim apreciar o modo fofo como se comportava muitas vezes. Inclusive seu olhar estranho e baixo.
- Você andou chorando? — Ela me encarou perplexa.
- Esta muito na cara assim? — Encarei, tomando um pouco da bebida.
- Os olhos inchados sempre te entregaram Dayane, isso não é nenhuma novidade.
- Droga! — Afirmei com o maxilar travado.
— O quê foi que aconteceu? - Eu voltei atrás umas duas vezes após o seu questionamento, tentando achar palavras que explicasse o motivo de eu ter chorado ou estar tão cabisbaixa como aparentava estar.
- Você terminou com o Taylor o seu namoro falso há algumas semanas, certo?
- Sim. Semana passada.
- E por que você depende da mídia para afirmar isso? Sabendo que também sou uma pessoa pública e todo o hate vem encima de mim? — Ela franziu o cenho assim que racionou a pergunta, tentando ligar os pontos para entender o que estava acontecendo.
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Ironia do Destino
RomanceDepois de uma grande tragédia, talvez Day nunca mais seria a mesma...Ela havia mudado, todos sabiam desse fato, a garota simplesmente não podia fechar os olhos para os erros do passado, que estremeciam seu cotidiano. Depois de perder sua família, o...