Capítulo 38

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Dois dias se passaram e Maiara estava bem mal, ainda não sentia falta de ar mas estava com muita tosse, ela tossia tanto que seu corpo doia demais, Fernando ligava toda hora pra Maraisa pra saber como a amada estava, só que dessa vez ele decidiu falar com ela então ligou e ela prontamente atendeu.

Mai: Alô.

Fer: Desculpa te incomodar, sei que não quer falar comigo mas é que eu não aguentava mais ouvir informações repassadas, precisava saber de você se está tudo bem, ouvir sua voz.

Mai: Não eu não tô bem, minha tosse só piora, meu corpo todo dói e eu não tenho vontade de ... - Ela para de falar pois tem uma crise de tosse.

Fer: Tá tudo bem Maiara? - Ele fala preocupado.

Mai: Como eu tava dizendo, não consigo comer nada pois não sinto o gosto então perco o apetite.

Fer: Mas tem que se esforçar e comer, não pode ficar com o estômago vazio.

Mai: Eu sei mas... - Ela tem outra crise de tosse. - Não consigo comer.

Fer: Eu sinto muito, a culpa de você estar assim é minha, me desculpa.

Mai: Você não tem culpa.

Fer: Tenho sim amor, eu te pressionei a ir comigo.

Mai: Eu vou ficar bem.

Fer: Me deixa ir aí cozinhar pra você.

Mai: Tá doido, você não pode vir aqui.

Fer: Mas a Maraisa tá aí, deixa por favor, você precisa comer, prometo que faço strogonoff.

Mai: Eu amo strogonoff.

Fer: Eu sei que você ama, e aí?

Mai: Não sei Fernando, eu ainda tô muito magoada com você, você me traiu.

Fer: Você tem todo o direito de ficar chateada comigo, eu te entendo, mas me dá uma chance, pelo menos deixa eu ir aí cuidar de você.

Mai: Tudo bem.

Fer: Isso quer dizer que eu posso?

Mai: Pode, mas por favor se cuida.

Fer: Obrigada meu amor.

Ela encerra a ligação e logo a Maraisa entra no quarto com o café da manhã dela, ela coloca a bandeja em cima da cama e se senta de frente pra irmã.

Mara: Tá tudo bem?

Mai: Sim, Fernando me ligou.

Mara: Sério, o que ele queria?

Mai: Queria saber como eu estava, disse que vem aqui pra cozinhar pra mim.

Mara: Então a senhorita está dispensando os meus serviços? - Diz se fazendo de ofendida.

Mai: Não, eu nem queria que ele viesse mas ele insistiu muito.

Mara: Mas vocês se acertaram?

Mai: Não e nem sei se vamos.

Mara: Para com isso, não perca tempo com quem você ama por orgulho.

Mai: Não é orgulho Maraisa ele me traiu.

Mara: Eu sei, mas imagina se ele sofre um acidente e fica entre a vida e a morte no hospital, como você se sentiria?

Mai: Não tem nada a ver.

Mara: E se ele não resistisse ao acidente e morresse, você ia querer mais dias com ele, mesmo que seja brigando ou com raiva pois pelo menos teria ele aqui, mas se ele morresse você sentiria falta disso tudo e se culparia por deixar de passar mais tempo com ele por conta das brigas. - A essa altura ela já estava chorando.

Mai: Para com isso Maraisa.

Mara: Só estou te fazendo enxergar que... - Ela é interrompida pela campainha. - Olha só, parece que seu cozinheiro particular chegou.

Mai: Obrigada pelas palavras.

Fernando*

Após falar com a Maiara eu tomei um banho e me troquei, eu estava feliz por ela deixar me deixar ajudá-la.
Pego algumas roupas e saio de casa, passo em um supermercado e entro rapidinho pra comprar algumas coisas pra cozinhar pro meu bebê, saio do supermercado e ainda no carro higiênizei tudo o que comprei e segui pra casa dela.
Cheguei lá e apertei a campainha, Maraisa me atendeu e me abraçou, nos meus braços ela chorou por um bom tempo até se acalmar.

Mara: Eu não quero perder a minha irmã Fer.

Eu: Você não vai perder sua irmã, aquela baixinha é forte, ela vai ficar bem.

Mara: Me desculpa, eu nem deveria ter te abraçado, entra.

Nós entramos e eu coloquei as coisas na bancada da cozinha, ainda de máscara eu subi pro quarto dela e parei na porta, ela estava tossindo tanto que chegou a chorar, ela devia estar sentindo muita dor, se eu pudesse tirava toda a dor dela e pegava pra mim.
Eu sei que não podia entrar no quarto mas não aguentei ver ela naquela situação, tendo que passar por isso sozinha então corri até ela e a peguei no colo, me sentei na cama e a abracei bem forte.

Mai: Sai daqui Fernando, você não devia entrar aqui.

Eu: Não vou sair, fica quietinha e descansa.

Mai: Tá doendo muito. - Ela diz chorando.

Eu: Eu sinto muito, sinto muito. - Digo chorando também.

Fiquei uns vinte minutos com ela em meu colo até ver que ela dormiu e meus braços, passei mais alguns minutos lhe admirando e acariciando seu rosto até que decidi colocar ela na cama pois essa posição deveria estar desconfortável pra ela.
Arrumei ela na cama e coloquei o cobertor sobre o seu corpo, fechei a porta do quarto e fui até a sala, Maraisa estava sentada lá e quando me viu sorrio.

Mara: Você é louco, sabe que não devia ter entrado lá né.

Eu: O mais importante pra mim é cuidar dela.

Mara: E você vai cozinhar pra ela mesmo?

Eu: Vou, como sei que ela não está comendo vou fazer o que ela mais gosta.

Mara: Strogonoff!

Eu: Exatamente.

Chamei a Maraisa pra me ajudar na cozinha e juntos preparamos o almoço da Maiara, como ela ainda estava dormindo decidimos deixar ela descansar pra depois almoçar.

Deixa eu te amar? ( Finalizada )Onde histórias criam vida. Descubra agora