Capítulo 70

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Maiara*

Acordo com meu celular despertando e vou direto pro banho, me arrumo bem rapidinho pois não queria perder o vôo e então vou pra cozinha, tomo os remédios que a médica me passou e faço algo simples pra eu comer.
Enquanto estava comendo vejo o Fernando aparecer na cozinha com uma carinha de sono linda que eu amo e ir até a geladeira pegando a jarra de água.

Fer: Você ia sem se despedir?

Eu: Não queria te acordar. - Ele apenas acena com a cabeça.

Fer: Me deixa te levar pro aeroporto?

Eu: Não precisa eu chamo um táxi.

Fer: Maiara para com isso, eu levo você. - Não o respondo e ele torna a perguntar. - Pode ser?

Eu: Tá bom.

Ele volta pro quarto e alguns minutos depois ele volta arrumado, come alguma coisa e pega a minha mala, saímos de casa e vamos em direção ao carro, ele abre a porta pra mim e eu me lembro que foi por esse Fernando que eu me apaixonei, e não por aquele que me fez sentir a pior pessoa do mundo.

O caminho todos nós fomos em silêncio, assim que chegamos no aeroporto ele para no estacionamento e antes de eu sair ele fala.

Fer: Pegou sua máscara?

Eu: Peguei, tá aqui.

Fer: Tá levando seus remédios?

Eu: Sim, estão na bolsa.

Fer: Se cuida tá, se alimenta nas horas certas e não se esforça muito.

Eu: Tá bom, agora eu preciso ir.

Vejo ele descer do carro e abrir a porta pra mim, assim que eu saio ele me puxa pra perto e me abraça, ficamos alguns minutos assim até eu me afastar.

Eu: Preciso ir.

Fer: Não quer que eu entre com você, posso levar sua mala.

Eu: Não precisa, não tá tão pesada.

Fer: Vai com Deus então, vou ficar te esperando pra gente conversar, eu te amo. - Ele diz dando um beijo na minha testa e eu sinto meus olhos marejarem.

Pego minhas coisas e vou andando mas quando chego na metade do caminho eu me viro e vejo ele encostado no carro de cabeça baixa.

Eu: Fernando! - Grito fazendo ele me olhar. - Também te amo. - Vejo ele sorrir.

Entro no aeroporto e vou até a sala de embarque, entrego minha passagem e entro no avião, enquanto o vôo não sai eu encosto minha cabeça na janela e fixos perguntando se estou fazendo a coisa certa.

O avião decola e logo pousa em Goiânia, ainda no aeroporto eu ligo pro meu pai.

César: Oi minha filha, já chegou?

Eu: Sim, acabei de chegar.

César: Tô saindo daqui então, logo chego aí.

Eu: Tá bom pai.

Encerro a ligação e fico esperando meu pai, uns quinze minutos depois eu vejo ele e minha mãe vindo em minha direção, vou até eles e primeiro abraço meu pai, depois minha mãe e então vamos até o carro.

Almira: Maraisa não quis vir filha?

Eu: Não.

Almira: Tô percebendo você meio tristinha, o que foi?

Eu: Em casa a gente conversa.

Continuei em silêncio até chegar na casa dos meus pais, meu pai pega as minhas coisas enquanto eu entro abraçada com a minha mãe, entro e vejo meu irmão me esperando, abraço ele e espero meu pai entrar com as coisas.

César: Vou deixar suas coisas em um dos quartos.

Eu: Me dá essas outras sacolas aqui.

Almira: É presente filha?

Eu: Sim, e tenho certeza que vão amar, principalmente você mãe.

Almira: Agora estou ansiosa.

Eu: Espera o pai voltar que eu entrego pra vocês.

Me sentei em um dos sofás e fiquei esperando meu pai chegar, assim que ele volta eu entrego um pra cada um e espero pra ver qual vai ser a reação deles.

Minha mãe começa a chorar e pular de alegria, vejo ela vir me abraçar e nós duas choramos dentro do abraço.

Almira: Não acredito que você vai ser mãe, eu estou tão feliz, obrigada filha.

Eu: Eu tô tão feliz mãe.

César: Parabéns meu bebê, o papai tá tão feliz.

Eu: Você vai ser vovô pai.

César: Vou ser o melhor avô do mundo.

Eu: Tenho certeza que sim.

Marco César: Parabéns mai, fico feliz por você.

Eu: Obrigado.

Almira: Quando você descobriu, de quanto tempo você está?

Conto tudo pra eles que ficam horrorizados com a atitude do Fernando, e também puxaram minha orelha por não ter ido ao médico antes.

César: Quero ter uma conversa bem seria com o Fernando.

Almira: Nem parece ser o mesmo Fernando que a gente conhece.

Eu: Pois é.

Almira: Você já contou pra família dele?

Eu: Sim, ontem.

César: Tá com fome filha, vou fazer o almoço pra gente.

Eu: Se importa se eu for deitar um pouco, acordei bem cedo.

Almira: Claro que não, vem que eu te mostro o quarto.

Minha mãe me levou até o quarto que eu ficaria e me disse pra ficar a vontade, fechei a porta e tirei a roupa que estava, vesti algo mais fresquinho e me deitei, em instantes adormeci.

Deixa eu te amar? ( Finalizada )Onde histórias criam vida. Descubra agora