Capítulo 51

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Fernando*

A comemoração com as nossas família mais uma vez foi maravilhosa, dessa vez a família da Maiara não quis dormir aqui pois no dia seguinte antes do almoço eles teriam que voltar pra Goiânia então fomos pra casa da Maiara, me despedi da minha família e levei eles pra casa.
Chegando lá eu fui pro quarto da Maiara enquanto ela e Maraisa foram ajudar os pais e o irmão a fazer as malas e fui tomar um banho, eu estava meio alterado ainda por conta da bebida e Maiara estava pior, aquela baixinha bebeu demais.

Tomei meu banho e já me senti melhor, me troquei e fiquei esperando ela voltar pois eu tinha algo pra entregar a ela, esperei e nada dela voltar então decido ir atrás dela mas quando fui abrir a porta do quarto a Maraisa aparece rindo.

Mara: Será que você pode tirar a sua mulher da minha cama.

Eu: Diz que eu tô chamando.

Mara: Ela dormiu kkk você vai ter que trazer ela no colo.

Eu: Mas essa baixinha da trabalho viu.

Mara: Não vale devolver mais não.

Eu: Kkkk seus pais já foram dormir?

Mara: Sim e eu pretendo fazer isso também mas a Mai Não deixa.

Sai do quarto e vou até o quarto da Maraisa, vejo Maiara deitada toda largada na cama dormindo, foi difícil pegar ela no colo mas depois de muito tentar eu consegui, fui com ela até o quarto e tentei acordá-la pra tomar um banho mas sem sucesso, ela realmente tá apagada então só ajeito ela na cama e me deito ao seu lado.

Maiara*

Acordo e parece que minha cabeça vai explodir, não vejo Fernando na cama e me lembro que meus pais iriam embora hoje, olho no relógio e já são quase dez, o vôo deles sai as onze, eu vou matar o Fernando se ele já tiver ido.

Me levanto e corro até a sala e não vejo ninguém, vou pra cozinha e eles estavam prontos e tomando café, fechei a cara e cruzei os braços.

Fer: Nem vem fazendo esse bico, eu te chamei três vezes, Maraisa também foi lá te chamar e você não acordou.

Mai: Me chamasse de novo, não acredito que vocês iam sem mim.

Mara: A gente ia te chamar de novo.

Mai: É que horas? Quando já estivessem indo?

Fer: Para de manha e senta aqui com a gente.

Não respondo e viro as costas saindo da cozinha, minha cabeça tava doendo muito então fui tomar um banho pra ver se essa ressaca passava e me troquei pra ir com eles, quando estou pronta eu pego um remédio na minha bolsa e volto pra cozinha, tomo o remédio depois volto pra sala e me sento no sofá.

Vejo Meus pais subindo pra pegar as malas e Fernando se aproximar com um pão na chapa e uma xícara de café com leite, ele para na minha frente e me estende as coisas, eu cruzo os braços e olho pro lado.

Fer: Come pra gente ir amor. - Não respondo. - Ah não vai falar comigo? Não vou te dar um presente então.

Eu: Tá achando que sou criança, que os adultos ganham dizendo que tem um presente.

Fer: É sério tenho um presente pra você lá em cima, mas só vou te dar depois que a gente voltar então come logo pra gente sair.

Pego as coisas da mão dele e começo a comer ainda sem olhar pra ele que se senta ao meu lado e fica me encarando.

Eu: Para de me olhar.

Fer: Não paro não, marrenta.

Eu: Idiota.

Termino de comer e levo as coisas pra cozinha, lavo e depois volto pra sala, Fernando tinha subido pra pegar a chave do carro e logo voltou com os meus pais.
Maraisa não iria pois não caberia no carro então se despediu dos meus pais e do nós só irmão aqui mesmo, eles se abraçaram e choraram muito.

Saímos de casa e o Fernando colocou as malas deles no porta malas, entramos no carro e então ele seguiu pro aeroporto pois já estávamos atrasados.

Almira: Quero que vocês vão nos visitar tá bom.

Eu: Tá bom mãe.

Fer: Pode deixar sogra.

Almira: E não demorem pra se casar e me dar netos.

Fer: Kkkkkk.

Eu: Tá muito cedo pra pensar em filho mãe.

Fer: Eu ia adorar.

Eu: Esquece isso, não vamos ter um filho agora.

César: As coisas não acontecem quando a gente quer filha, é no tempo certo.

Mai: Eu sei, e não está no tempo certo ainda.

Almira: Você falando assim até parece que não quer ter filhos.

Mai: Não quero mesmo, não agora.

César: E o casamento quando vai ser?

Mai: Ainda não sabemos mãe, tá meio cedo pra pensar nisso também.

Almira: Meu Deus filha, se depender de você as coisas não acontecem nunca.

Fer: Pois é Dona Almira.

Fernando diz algo pela primeira vez e eu o olho, ele não está com uma cara boa e nem me olha, continua dirigindo e permanece calado até a gente chegar no aeroporto.
Nós descemos do carro e eu fui me despedir da minha mãe e do meu irmão enquanto meu pai ajudava Fernando a pegar as malas, depois eu me despedi do meu pai e foi difícil segurar o choro, mais uma vez ele está indo embora e me deixando aqui, também sinto saudades da minha mãe mas meu pai é diferente, ele sempre fez de tudo por mim, sempre fui mais apegada a ele.

César: Tchau princesinha, o papai te ama tá.

Eu: Também te amo pai, vou sentir sua falta.

César: Eu também meu amor, mas quando der eu venho te visitar.

Eu: Vai com Deus.

O vôo deles é anunciado e eles embarcam, continuo chorando e Fernando me abraça, essa foi a única vez que ele teve contato comigo desde aquela conversa sobre casamentos e filhos no carro.

Fer: Não fica assim, logo vocês se vêem de novo.

Ele enxuga as minhas lágrimas e da um beijo na minha testa, pego em sua mão e nós fomos até o carro, vou quase o caminho todo chorando e só paro quando estávamos quase chegando em casa.

Deixa eu te amar? ( Finalizada )Onde histórias criam vida. Descubra agora