Capítulo 4

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Maiara*

Meu amor veio me buscar no trabalho, fazia uns dois dias que a gente não se via pois ele disse que tinha uns assuntos pra resolver, nem perguntei o que era pois não gosto de parecer essas namoradas possessivas.

Eu: Obrigada pelas flores.

Gustavo: De nada, amor pega meu carregador aí no porta luvas e conecta no carro por favor.

Fiz o que ele pediu e quando fui abrir o porta luvas encontrei um batom lá que não era meu, ele não tem irmã e a mãe dele não usa essas coisas, automaticamente meus olhos se encheram de lágrimas.

Gustavo: O que foi?

Eu: De quem é esse batom? - Na hora ele se assustou.

Gustavo: É seu, de quem mais seria.

Eu: Esse batom não é meu.

Gustavo: Então não sei.

Eu: Como não sabe Gustavo, esse batom não ia vir parar aqui sozinho. - Eu já estava chorando.

Gustavo: Esquece isso Maiara, eu já disse que não sei de quem é.

Não o respondi e fiquei pensando de quem poderia ser o batom, ele seria um filho da puta se estivesse me traindo, vou o caminho todo olhando pela janela até perceber que ele parou na frente da minha casa.

Eu: Eu pensei que a gente fosse pra sua casa.

Gustavo: Hoje não dá eu tenho coisas pra resolver.

Eu: Então por que foi me buscar.

Gustavo: Por que eu queria te ver, preciso ir depois a gente se fala.

Fui até ele pra lhe beijar mas ele logo cortou o beijo e me deu um selinho, eu saí do carro e entrei em casa, meu pai veio me perguntar como foi o dia e eu contei a ele sobre o meu dia, nem fiz questão de falar com a minha mãe e com a Maraisa pois sei que elas não se importam, fui pro meu quarto e me deitei na cama, fiquei horas chorando e pensando na merda que a minha vida é, em como o meu namoro se desgastou. Eu simplesmente tô cansada disso tudo, minha vontade é ir embora, sair da vida de todo mundo e recomeçar a minha vida num lugar onde eu não conheça ninguém. Me levantei da cama e fui pro banheiro tomar um banho, deixei as lágrimas cair e quando consegui me recompor eu sai do banheiro e me troquei, fui pra cozinha e minha mãe não tinha feito janta então fiz um sanduíche simples e voltei pro meu quarto, acho que vou procurar uma casa pra morar, mas pensando bem não sei se conseguiria, eu tenho muito medo de ficar sozinha.
Mandei várias mensagens pro Gustavo mas ele não respondeu nenhuma, então eu desisti e tentei dormir, demorou mas eu consegui e quando eu menos espero acordo com o barulho do despertador.
Hoje o Fer não me mandou mensagem perguntando se vou querer carona, mas tudo bem afinal ele não tem obrigação nenhuma em passar pra me pegar, eu estava um pouco atrasada então chamei um Uber e fiquei esperando mas parece que o cara tava do outro lado do mundo.
Vejo meu celular tocar e era o Fernando, ele me perguntou se eu não iria com o Gustavo e depois se desculpou por não ter vindo me buscar mas eu disse pra ele não se preocupar, minutos depois o Uber chega e me leva pro trabalho.

Eu: Oi, bom dia.

Fer: Oii, por que não me mandou mensagem ou me ligou?

Eu: Eu não queria te incomodar.

Fer: O que você tem, tá triste?

Eu: Não, impressão sua. - Abri um sorriso pra ele pra tentar disfarçar a minha tristeza.

Fer: Eu tô aqui se quiser conversar tá, você não incomoda nunca.

Eu: Obrigado Fer, você é um ótimo amigo.

Dei um abraço nele em forma de agradecimento e depois fui pra minha sala, hoje eu terias duas pessoas pra atender na parte da manhã e mais uma na parte da tarde. A manhã se passou e eu já tinha finalizados os atendimentos, vejo Fernando entrar na minha sala e se sentar de frente pra mim.

Fer: Tá melhor?

Eu: Tô sim, você me conhece mesmo né.

Fer: Te conheço a 6 anos baixinha.

Eu: Meu Deus como você me atura por todo esse tempo?

Fer: É uma honra te ter ao meu lado, você é uma das melhores pessoas que eu conheço. - Automaticamente meus olhos se encheram de lágrimas.

Eu: Você também é muito importante pra mim.

Fer: Vamos almoçar? A Tati saiu com o namorado.

Eu: Vamos, tô morrendo de fome.

Ele foi pegar sua carteira e a chave do carro enquanto eu me organizava pra sair, fechei a porta da minha sala e ele fez o mesmo com a dele, fomos em direção ao carro dele e como sempre ele abriu a porta pra mim.

Fer: Qual o seu restaurante preferido?

Eu: D.O.M. gastronomia brasileira, eu amo aquela lugar.

Fer: Então é pra lá que a gente vai.

Eu: Você tá brincando.

Fer: Claro que não, tô falando sério.

Meu Deus o Fer é incrível, ele é o melhor amigo que qualquer pessoa poderia ter, a mulher que conquistar o coração dele terá muita sorte, espero que não seja nenhuma que brinque com os sentimentos dele, pois ele é maravilhoso.

Deixa eu te amar? ( Finalizada )Onde histórias criam vida. Descubra agora