Capítulo 61

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Fernando*

Cheguei na casa da Maiara e todos estavam lá fora se despedindo, vejo seu rostinho todo vermelho de tanto chorar e isso parte o meu coração, sei como ela sofre todas as vezes que os pais têm que ir embora, e em como se sente sozinha, e agora Maraisa já não mora mais com ela então ela realmente vai ficar sozinha.
Saio do carro e vou até o pai dela, me despeço dele com um abraço apertado e vou até a dona Almira, abraço ela e me despeço.

Eu: Vai com Deus dona Almira.

Almira: Amém meu filho, conversa com ela.

Eu: Vou conversar, só não sei se ela quer falar comigo.

Almira: Ela sente sua falta, cuida dela pra mim. - Quando ela disse isso eu senti uma pontinha de esperança.

Eu: Sempre vou cuidar.

Me afasto do abraço e ela entra no carro, vejo Wendell dar partida no carro e ir em direção ao aeroporto, volto minha atenção pra Maiara e vejo ela chorando muito ainda, abraço ela e tento fazer ela se acalmar.

Nós entramos e ela ainda chorava, me sentei no sofá enquanto ela foi lavar o rosto e depois voltou se sentando ao meu lado.
Começamos a conversar e eu disse tudo a ela, contei sobre minha conversa com a Mônica e sobre meus sentimentos, vejo ela chorar e sei que ela ainda me ama.

Nem acredito que voltamos, não acredito que estou com ela aqui em meus braços agora, parece que estamos revivendo o dia em que eu me declarei pra ela, o dia que nos beijamos pela primeira vez, o dia que os pais dela foram embora, parece que tudo tá acontecendo de novo.

Mai: Tá pensando em que? - Ela diz passando a mão no meu rosto fazendo eu sair dos meus pensamentos.

Eu: Em como as coisas são, a um quase um ano atrás nós estávamos lá fora, você tinha acabado de se despedir da sua família e eu ali do seu lado, aí a gente entrou, eu fiz você se acalmar e depois me declarei pra você, e hoje aconteceu o mesmo.

Mai: Verdade, não tinha reparado nisso.

Eu: Quer ir lá pra casa ou prefere ficar aqui?

Mai: Não sei.

Eu: Já que estamos revivendo o nosso primeiro dia juntos vamos ficar aqui, você sobe e toma um banho enquanto eu faço o nosso jantar, o que acha?

Mai: Amei a ideia. - Me dá um selinho e se vira pra sair mas eu a puxo pra mais perto e lhe dou um beijo longo.

Eu: Só esse selinho não mata a minha saudade.

Mai: É, vem me dar mais um beijo então.

Prendo ela mais ainda em meus braços e inicio mais um beijo, dessa vez o beijo foi mais intenso e mais gostoso, minhas mãos passeavam pelas suas costas subindo pra sua nuca onde eu adentrei meus dedos e puxei sua cabeça pra trás, dei alguns beijos em seu pescoço e pude ouvir ela suspirar.

Mai: Amor não tô no clima. - Ela diz sussurrando e passando os dedos no meu cabelo.

Eu: Tudo bem. - Dou mais um selinho nela. - Vai lá tomar seu banho.

Ela sorri pra mim e vai pro banho, eu vou pra cozinha e começo a preparar nosso jantar, decido fazer um macarrão ao molho branco pra gente pois se tem uma coisa que ela ama além de strogonoff é macarrão.
Termino de fazer o jantar e arrumo a mesa, ela ainda não tinha voltado então decido subir pra chamar ela.
Chego na porta do seu quarto e ouço ela cantar, ela quase nunca canta e a voz dela é linda, me encosto da porta e fico admirando aquela cena, ela estava na frente do espelho, já vestida e passando hidratante no corpo.

Você é assim
Um sonho pra mim
E quando eu não te vejo
Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito

Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor...

Eu: Que linda. - Vejo ela se assustar.

Mai: Que susto amor.

Eu: Faz tempo que eu não te ouço cantar.

Mai: Você também nunca mais cantou.

Eu: Verdade.

Mai: Canta pra mim. - Ela vem até mim e passa os braços em volta do meu pescoço, enterro meu rosto na curva do seu pescoço e fixo sentindo o seu cheiro.

Eu: Eu amo o seu cheiro. - Disse dando um beijinho ali.

Mai: E eu amo sua voz, canta pra mim vai.

Eu: Agora? - Pergunto e ela diz que sim. - O que acha da gente ir jantar e quando a gente for dormir eu canto pra você.

Mai: Vou cobrar em.

Eu: Pode cobrar amor, agora vamos jantar.

Mai: Calma aí, vou pentear meu cabelo.

Eu: Deixa eu pentear pra você.

Pego a escova da mão dela e ela se vira de costas ainda sem acreditar no que eu disse que faria, começo a pentear seus cabelos com todo o cuidado até que eu termino e ela se vira pra mim me agradecendo.

Mai: Obrigado amor.

Eu: De nada, agora vamos.

Saímos do quarto dela e fomos pra cozinha, jantamos e depois eu fui tomar um banho enquanto ela lavava a louça.

Deixa eu te amar? ( Finalizada )Onde histórias criam vida. Descubra agora