Capítulo 2

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Maiara*

Hoje eu acordei tão feliz, eu e o Fer meu melhor amigo compramos um lugar pra montar nosso próprio consultório e vamos começar hoje, a gente se conhece desde a faculdade e de lá pra cá a nossa amizade só cresceu, ele é perfeito, cuida tão bem de mim, as vezes se importa mais que o Gustavo que é meu namorado, aliás vou mandar uma mensagem pro meu amor.

Eu: Bom dia meu amor, hoje é meu primeiro dia no meu próprio consultório, se puder passar lá mais tarde pra ver como ficou, beijos Te amo.

Aproveitei e mandei uma mensagem pro Fer também, será que ele tá tão ansioso quanto eu?

Eu: Bom diiia Fer, e aí tá ansioso por nosso primeiro dia? Espero que sim pois eu estou muuitoooo, daqui a pouquinho a gente se encontra. - Eu não sei dirigir então terei que pedir um Uber, ele responde na mesma hora.

Fer: Bom diia baixinha linda, vou sair de casa daqui a pouco, quer que eu passe te pegar?

Eu: Quero sim, obrigado.

Deixei o celular de lado e fui terminar de me arrumar, fui até a cozinha e todos já estavam tomando café, menos o meu pai.

Eu: Bom dia gente.

Todos: Bom dia.

César: Bom dia filha, tá empolgada?

Eu: Muito pai, não vejo a hora de chegar lá logo.

Cesar: Parabéns minha princesinha, o papai tá orgulhoso.

Mara: Você acha que isso vai dar certo?

Eu: Claro que sim.

César filho: Por que você acha que as pessoas vão ir numa consulta com você, sabendo que existem outros profissionais melhores?

Eu: Por que eu sou ótima no que faço e já tenho os meus clientes.

Minha mãe não falava nada, nem terminei de tomar o café e voltei pro meu quarto, não queria mas comecei a chorar então me sentei na cama e fiquei esperando o choro passar, depois fui escovar os dentes e logo o Fer manda mensagem avisando que chegou, fui até a porta e vi que meu pai estava me esperando na cozinha, ele me abraçou e me desejou bom trabalho e em seguida eu fui até o Fer que me esperava ao lado de fora do carro.

Fer: Bom dia baixinha, e aí tá animada? - Ele diz me abraçando e me tirando do chão.

Eu: Bom dia Fer, muito animada e você? - Eu disse demonstrando estar bem animada mas na verdade minha família conseguiu estragar o meu dia.

Fer: Então vamos? Que o nosso novo cantinho nos espera.

Ele abriu a porta do carro pra mim e entrou em seguida, liguei o rádio do seu carro e fomos o caminho todo cantando, assim que chegamos eu não tive coragem de entrar, as palavras dos meus irmãos ficavam se repetindo na minha cabeça e eu comecei a me sentir incapaz.

Fer: O que foi, não vai entrar?

Eu: E se isso não der certo? - Minhas lágrimas já desciam pelo meu rosto.

Fer: Que isso Mai, vai dar certo sim, nós já temos os nossos pacientes e somos bons no que fazemos, por que esse pessimismo agora?

Eu: Nada não, desculpa. - Digo enxugando as lágrimas.

Fer: Não chora baixinha, vem que eu vou te levar.

Ele veio até mim e me pegou no colo, foi andando comigo até chegar na minha sala, ele me colocou no chão e abriu a porta ora mim.

Fer: Bem vinda ao seu novo consultório doutora Maiara.

Eu: Ficou tão lindo.

Fer: Claro que ficou, vem ver o meu.

Fomos até a sala dele que ficava em frente a minha e ele abriu a porta, a sala também estava muito linda.

Eu: Que isso em doutor.

Fer: Tô podendo né hahaha.

Nas nossas últimas consultas já deixamos os pacientes avisados que estaríamos mudando de endereço então hoje já teríamos quem atender, eu fui pra minha sala e me permiti chorar sozinha ali dentro, estava tudo tão lindo, eu sei que sou ótima no que faço, sei que sou capaz mas ver sua família duvidando de você dói demais.
Olhei o celular e Gustavo tinha visto a minha mensagem mas não se deu nem ao trabalho de responder, guardei o celular e fiquei esperando a minha cliente chegar, Tati irmã do Fernando ainda estava na faculdade então enquanto ela não se formava ela trabalharia pra nós como secretária, logo ela veio me avisar que minha cliente tinha chegado.

Terminei a consulta e quando estava me arrumando pra ir embora o Fer entra na minha sala.

Fer: E aí, pronta pra ir pra casa?

Eu: Sim, só deixa eu terminar de arrumar minhas coisas.

Nessa hora eu vejo o Gustavo entrando com um buquê de flores nas mãos, ele vem até mim e me abraça, me dá um selinho e me entrega as flores.

Gustavo: Vim te buscar pra ir pra casa.

Eu: É que o Fer ficou de me dar carona.

Fer: Não se preocupe Mai, pode ir, eu fecho aqui.

Eu: Então tá bom, até amanhã. -

Vou até ele e dou um beijo na sua bochecha, vejo Gustavo fechar a cara mas nem me importo, pego as minhas coisas e tranco a minha sala, vou até o carro do Gustavo com ele e assim que entro sinto um cheiro de perfume feminino que não é meu, mas decidi não falar nada.

Deixa eu te amar? ( Finalizada )Onde histórias criam vida. Descubra agora