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@nia_escarlate
Minhas pernas já estavam doloridas de tanto subir e descer o elevador, a minha versão loira me fez entrar e sair desse prédio inúmeras vezes. Ela estava mesmo querendo me cansar, me irritar, mas eu me mantinha firme. Eu sabia lidar com pessoas como eu no trabalho, mas não lembrava que era tão cansativo.
A aula do curso mesmo só começou uma hora depois e ela passou alguns modelos de desenho que queira que fizéssemos. Eu não gostava muito de desenhar, porque eu simplesmente não conseguia passar o que eu realmente queria no papel. As ideias transbordavam a minha mente, mas o papel continuava em branco.
Isso não passou batido por Martina ela continuava pegando no meu pé tentando me diminuir todas as vezes que passava na minha mesa. E quando algo estava finalmente surgindo, ela nos fez mudar de atividade. Eu estava arrasada e decepcionada comigo mesmo no final do primeiro dia.
Eu fui vagando pelas ruas de Milão como se fossem as de Amarílis e chegou uma hora que eu não sabia mais onde eu estava. Eu olhei para as placas confusas, eu não estava habituada a andar por ali ainda e havia me perdido.
Eu sentei num banco, completamente desnorteada e uma vontade de chorar e gritar inundava os meus pulmões. Eu sentia o choro entalado na garganta e o medo dominava o meu estômago. Ficar sozinha era ainda pior na realidade. Na teoria dizem que é bom, que é necessário, que é libertador, poderia mesmo ser tudo isso e muito mais, porém no começo você se sente completamente perdida.
Eu estava sozinha, triste, decepcionada e magoada comigo mesma. Eu esperava mais, não esperava ser a melhor, porém não ser a pior da turma. A vontade que eu tinha era de treinar em casa até a hora do curso, mas Martina não ia deixar fácil para mim e claramente não iria fazer a mesma atividade de hoje.
Respiro fundo e abro o gps no celular, colocando o destino do grupo de apoio, se eu estava me sentindo para baixo nesse momento, eu não ia querer ficar em casa, lutando contra a pior parte de mim que quer mesmo afogar-se em bebida.
O lugar não era tão longe dali, era apenas quinze minutos de moto. Eu não tinha comprado uma ainda, mas poderia pedir o taxi que tinha deixando uma passageira bem perto de mim. Eu entrei no automóvel, dei o endereço e a menos tempo do que eu imaginava já havia chego. Pago a corrida ao velhinho simpático e caminho até o lugar onde o gps dizia.
Havia uma mulher de cabelos avermelhados, como o fogo, na porta conversando com uma outra mulher baixa e gorda. Eu caminho até elas que logo percebem que estou ali e sorriem para mim.
— Me agendei no grupo de apoio a vítimas de agressão por alguém próximo... — pego o e-mail no celular mostrando para elas.
— Você deve ser a pessoa que estávamos esperando, Antonella certo? — a mulher de cabelos avermelhados diz lendo um nome da lista em suas mãos.
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Senhorita A - CEO | Livro I | Trilogia Mulheres Indomáveis | Concluído ✔
ChickLit🏆1° lugar na categoria romance - Concurso Mystic Queen ESSE LIVRO CONTÉM GATILHOS Antonella Alencastro é uma mulher ambiciosa, de personalidades forte, e é marcada por um passado violento. Seu pai agredia a sua mãe até a fatalidade acontecer, ela...