Capítulo 70 - Em família

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@nia_escarlate 

Eu ouvia risadas, eu ouvia vozes ao longe, eu conseguia sentir o cheiro da comida sendo feita e as emoções positivas que estavam emanando de algum lugar da mansão

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Eu ouvia risadas, eu ouvia vozes ao longe, eu conseguia sentir o cheiro da comida sendo feita e as emoções positivas que estavam emanando de algum lugar da mansão. Eu estava me sentindo bem, o que era estranho, não mais do que o clima da casa está calmo.

Eu sai da cama com dificuldade, já estava me irritando essa bota e essa faixa no braço, eu não queria mais elas me limitando ou tendo ajuda para tomar banho. Já tinham passado uma semana que Bernardo saiu do hospital e tudo parecia um conto de fadas ou uma realidade paralela.

Eu olhei pela janela e não havia ninguém lá fora, mas o dia estava bem bonito. O céu estava bem claro, com poucas nuvens e o tempo fresco com bastante vento. Eu o senti balançar os meus cabelos e abri o sorriso por apenas um dia me sentir bem.

— Curtindo a brisa?

A voz dele faz com meu corpo trema, mas eu não me movo. Eu estava confortável ali, eu estava bem e de bom humor pela primeira vez naquela semana. Eu não queria me virar e ver o rosto machucado de Bernardo, seu braço também enfaixado e seus outros ferimentos.

Mas mesmo assim eu queria ver aqueles olhos que se assemelhavam com o céu desse dia. Eu me virei devagar, e o vi sorrir de canto. Ele estava parado, apoiado com o ombro no batente da porta ao longe. Eu abri um sorriso também, ele estava aqui, vivo e segurança.

Esses dias, desde que saímos do hospital, eu tive pesadelos com aquela noite. Parecia que eu estava presa num loop infinito de tragédia. Primeiro era o tiro em Gabriel, depois era em Bernardo e a sombra de Fábio crescendo, e rindo, me mostrando o quão ruim ele era.

— É a única coisa que podemos fazer nessa casa sem que Valentina grite.

Nós rimos. A loira mãe estava mega protetora. Estávamos no andar de baixo da casa, nos quatros de hóspedes, porque ela não quis que subíssemos e descêssemos escadas. Essa versão dela era mais assustadora do que a manipuladora.

— Dormiu bem?

Ele se aproxima de mim, andando devagar, mas o sorriso ainda brilhava em seu rosto. Eu olhei para cima quando ele chegou perto, eu olhei para os seus olhos que estavam refletindo a paisagem ali de fora.

— Gostaria que sim, mas não — eu estava sendo sincera, mas não triste.

— Está sendo difícil para mim também...

Para Bernardo era ainda pior. Meus pesadelos só se resumiam a minha mente, mas em Bernardo era como se corpo dele estivesse fora do seu controle. Ele passou a ter pesadelos mais intensos e por isso não dorme mais sozinho.

Eu olhei para os seus músculos que estavam a mostra numa camiseta branca simples. Eu via sua tatuagem pelo tecido ser meio transparente. Eu lembrava de como aquilo me chocou no começo, ele tinha a frase da minha mãe em seu corpo como eu e isso agora me trazia alegria.

Senhorita A - CEO | Livro I | Trilogia Mulheres Indomáveis | Concluído ✔ Onde histórias criam vida. Descubra agora