Capítulo 86 III - Não tem espaço para estar feliz

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@nia_escarlate

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Eu bocejava. Acabou que Felipe era tão paranoico que não ficamos no mesmo lugar nem por três dias. Isso me irritava, porque eu estava algemada a ele, e todo e qualquer lugar que ele fosse eu teria que ir junto.

— Eu não aguento mais, para onde vamos agora? — Alyssa resmungava do banco da frente.

— Já estamos chegando querida.

Eu reviro os olhos e me encosto no estofado do carro, o que me impedia de abrir a porta e me livrar deles? Bem, eu estava amarrada ao carro, não sairia dali sem perder um braço e a pergunta estranha que eu me fazia era, eu sobreviveria sem um braço numa estrada fria e deserta?

— Você disse isso a duas horas atrás!

— Chegamos!

Eu encarei a casa pequena e velha. Era tão aterrorizadora que eu me sentia num filme de terror. Era no meio do mato, se duvidar nem sinal de celular tinha ali, e a cidade pelo que eu reparei ficava a muitos quilômetros para fugir andando. Mas poderia ter algo mais perto na direção contrária da que vimos.

Felipe me tira do carro e me leva para dentro da casa que por dentro estava até que muito bem arrumada. Eu vi a sombra de alguém ali, então eu parei de andar e isso irritou Felipe que me puxou como se eu fosse um animal de estimação preso a sua coleira.

— Olá, irmãozinho. Por que demorou tanto?

Aquela voz, eu me lembrava muito bem dela. Eu suspirei fundo, e recuei um passo quando Hugo se materializou em minha frente. O seu sorriso agora observando bem tinha a mesma perversidade que habitava o de Felipe.

Felipe ficou parado por um tempo, acho que essa visita não era muito esperada.

— O que faz aqui?

— Vim ver se não estava mentindo para mim de novo — ele se aproxima, mas em minha direção e segura o meu queixo. — Desde o momento que eu te vi, que vi os seus olhos eu sabia de quem você era filha. Da minha Valentina.

Eu viro o meu rosto e chego mais para trás. Eu não gostava da forma que ele falava, da sua presença. James tinha razão, esses dois não tem qualquer resquício de bondade.

— Ela não é uma propriedade, muito menos sua.

— Gosto dessa sua língua afiada.

— Agora que já viu o que queria, pode ir embora...

— Eu preciso dela — ele continuava a me olhar, agora eu sentia algo ruim que me arrepiou toda. — Valentina nunca vai me dar o que eu quero se eu não tiver alguém muito valioso para ela me dar em troca. E quem mais valioso que ela? — ele segura alguns fios do meu cabelo.

Senhorita A - CEO | Livro I | Trilogia Mulheres Indomáveis | Concluído ✔ Onde histórias criam vida. Descubra agora