🏆1° lugar na categoria romance - Concurso Mystic Queen
ESSE LIVRO CONTÉM GATILHOS
Antonella Alencastro é uma mulher ambiciosa, de personalidades forte, e é marcada por um passado violento. Seu pai agredia a sua mãe até a fatalidade acontecer, ela...
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@niaescarlate
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Quando eu era mais nova, sempre admirava as capas de revistas. As mulheres esbeltas, com gêneros e biotipos diferentes com roupas elegantes e bonitas estampadas bem na capa. Eu desejava isso para mim em uma época minha de loucura, ficava ensaiando dentro do meu quarto a entrevista que eu faria.
Um sonho.
Era algo bobo demais e foi apagado pelo tempo. O sentimento que brincava dentro do meu peito era euforia misturada com alegria. Eu estava mesmo animada e muito nervosa. Minha aparência não estava lá das melhores, tinha me internado numa clínica e já tinha assinado minha demissão.
Mas um sonho virou realidade.
Aquilo era real. Tive a plena certeza quando meus pés pisaram no chão do estúdio. As pessoas se movendo de um lado para o outro, enquanto algumas outras meninas tiravam fotos.
— Antonella.
Viro minha cabeça reconhecendo a voz do dono. Frederico Garras. Fred para os íntimos. É o estilista mais bem pago de toda Amarilis. Nos conhecemos em uma das festas de Karmel, Fred e eu tocamos as mãos na última taça de champanhe da festa e isso deu altas risadas e ótimas conversas.
— Fred! Que bom reconhecer alguém por aqui. — Eu digo ao me aproximar dele para dar dois beijos em cada bochecha que ele retribui com delicadeza.
— Você andou sumida... — Ele diz e anda um passo para trás, me avaliando com seus olhos castanhos. — E foi atropelada por um caminhão! — Ele diz com a voz em horror, e eu solto uma risada baixa.
— Foi basicamente isso.
— Ainda bem que minha equipe de cabelo e maquiagem está aqui querida, vamos deixar você maravilhosa para sua sessão. Venha, venha, não temos tempo a perder. — Ele diz puxando-me pelo braço.
Fred tinha quase um metro e oitenta de altura. Seus cabelos escuros estão bem alinhados em seu topete. Veste uma camiseta preta que deixa seus músculos, que não são muito grandes, escondidos. Uma calça social preta, sapatos fechados e de grife. Um piercing na orelha, e singelas tatuagem pelo braço moreno deixam ele incrívelmente gato.
Isso porque não vi seu marido, Edgar. Com aqueles olhos cinzas de molhar qualquer calcinha, ou no caso, cueca. O casamento deles foi lindo a propósito, foi a dois anos atrás numa ilha paradisíaca.
— Fiquei sabendo que está numa clínica. — Fred começa a dizer assim que me senta numa cadeira preta de frente a um espelho grande com lâmpadas ao redor. — Drogas?
Eu encaro bem os seus olhos que me avaliam, eu solto uma risada nervosa e volto a me encarar no espelho.
