🏆1° lugar na categoria romance - Concurso Mystic Queen
ESSE LIVRO CONTÉM GATILHOS
Antonella Alencastro é uma mulher ambiciosa, de personalidades forte, e é marcada por um passado violento. Seu pai agredia a sua mãe até a fatalidade acontecer, ela...
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@nia_escarlate
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Acordo num sobressalto, meu coração está acelerado e dói a cada batida. Meus pulmões parecem está cheios, tento controlar minha respiração, mas não consigo. Olho pra janela que está fechada, a lua está iluminando o quarto. O suor da minha testa desliza por ela e eu conto até dez pra tentar normalizar as coisas.
Fica cada vez pior dormir sem ingerir uma gota de álcool. Eu acordo no meio da noite, com crise de ansiedade cada vez mais longa e um pânico incontrolável. Eu me levanto com dificuldade e encho o copo com água e bebo cada gota sentindo um alívio imediato.
Saio do quarto indo para o do lado, a porta era aberta e eu vejo Téo dormindo tranquilamente agarrada a um urso de pelúcia. Eu fecho os olhos, respirando fundo. Eu encosto a porta do seu quarto e sigo para a sala onde o notebook e alguns papéis estão espalhados na mesa. Eu paro pra olhar e tentar analisar a minha decisão.
Diogo achou Dafne. Ele sabe onde ela está, em uma cidade pequena no interior de Amarilis não é longe daqui, serão três longas horas de viagem pra chegar lá. Eu não fui ainda por causa de Téo. Ele está tão sentimental com a partida de Sabrine que me deixa mal também. Ela ligou ontem pra ele, ficaram conversando até ele pegar no sono.
Ela está a mesma coisa. Também só se passou uma semana que ela foi pra Bavin City. Eduardo está lá com ela, ele me liga todos os dias pra falar como ela está. Ele já resolveu todos os problemas financeiros que ela tinha, agora está tentando arrumar um emprego pra ela. Recomeços nunca são fácies, sorte dela que ele está por perto.
Abro o celular vendo o número de Antonella, algo dentro de mim se aperta. Um mês e uma semana. Esse é o tempo que estou com seu silêncio. Agora eu estou sóbrio, focado no trabalho, e em Téo que precisa de mim. Desde aquela conversa com Ananda eu tenho tentando… superar. Não está sendo fácil, mas não é algo que eu possa desistir.
Começo a arrumar a papelada e vejo o sol nascer. Ligo pro celular de Valentina que demora um tempo pra atender.
— Ela te atendeu? — Ela pergunta com a voz sonolenta.
— Preciso que fique com Téo por três dias. — Eu digo calmo.
— Onde vai? Descobriu onde ela está? — Ela pergunta rápido e eu reviro os olhos.
— Nem tudo se trata da Antonella. — Eu digo e ouço sua risada.
— Uma semana atrás você estava berrando comigo por pedir pra ficar calmo, agora está ignorando ela também...
— Eu não te devo satisfações, Valentina. Não venha de conversa como se fosses íntimos.
— Tudo bem Bernardo. Eu fico com Téo se me dizer…
Eu desligo o celular. Não posso prolongar minhas conversas com Valentina. Ela acha que pode falar o que quiser, fazer o que tiver vontade que eu vou ficar igual a um cachorro atrás dela. Eu simplesmente cansei. Se ela não vai me dizer o que preciso saber, eu vou recorrer a outras pessoas, Dafne tem as respostas.
