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@nia_escarlate
Eu poderia está lá com a Ellen, que pode ser minha irmã, se não for mais uma das armações de Valentina. Mas estou aqui, seguindo Antonella. Ela me pareceu desnorteada, algo na tristeza dela doeu em mim também.
Saio do carro e aceno pro motorista. Porque ela viria justo nesse cemitério? Eu entro e vou a seguindo a distância, depois de um tempo andando ela para numa árvore ao lado de um túmulo. Acredito que seja a mãe dela.
Sua dor é palpável e eu sei que não sou a melhor pessoa pra ir lá consolar ela. Seus gritos são tão altos e dolorosos, não dói os tímpanos e sim o coração. Sinto meus olhos com lágrimas também, olho pro meu lado esquerdo e caminho até lá. É uma grande consistência meu pai está enterrado aqui também.
Vejo a lápide dele, acho que ele ficaria mais feliz se tivesse ao lado de Gabriela. Mas ela foi cremada e não faço a mínima ideia de onde foram jogadas as suas cinzas.
Sinto as lágrimas virem, a dor nunca foi embora. A dor nunca me abandonou, mas hoje eu me sinto um pouco mais aliviado, mas olhar seu nome gravado no cimento consegue revirar mais o meu estômago.
— Desculpa se eu te decepcionei. Eu estou tentando mudar, evoluir. Ser o homem que você queria que eu me tornasse. Mas a luta é diária e a dor é infinita. — Eu digo e coloco a mão no bolso da calça deixando as lágrimas saírem.
— Bernardo? — Ouço Antonella me chamar, porém eu não me viro.
Ela caminha até a mim e fica ao meu lado. Ficamos em silêncio por alguns instante em respeito a ele e eu seco minhas lágrimas e a encaro.
— Não sabia que seu pai estava enterrado aqui também. — Ela diz com a voz embargada e rouca.
— Quando sua mãe morreu? — Eu pergunto e ela para de olhar o túmulo do meu pai e me encara.
Seus olhos estão vazios e avermelhados... suas olheiras estão fundas e seu rosto está inchado de tanto chorar. Sinto como se ela também estivesse cansada.
— 25 de janeiro de 2010 às 21:45. — Ela diz depois de um tempo. — E o seu pai? — Ela pergunta cautelosa
— 09 de julho de 2011 às... 16:30. — Eu digo e forço os punhos com raiva.
— Lamento. — Ela diz triste.
— Também lamento pela sua mãe. — Eu digo com sinceridade.
— Como você alivia a pressão? — Ela pergunta tentando achar em mim as respostas para escapar do sofrimento.
— Bebendo. — Eu digo. — Mas não me orgulho disso. Eu fico nervoso, triste, com uma dor gigantesca e agressivo. — Eu digo e olho pro túmulo e depois pra ela. — Desculpa por hoje mais cedo. Eu te assustei. — Eu digo e ela comprime os lábios para repreender o choro.
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Senhorita A - CEO | Livro I | Trilogia Mulheres Indomáveis | Concluído ✔
Literatura Feminina🏆1° lugar na categoria romance - Concurso Mystic Queen ESSE LIVRO CONTÉM GATILHOS Antonella Alencastro é uma mulher ambiciosa, de personalidades forte, e é marcada por um passado violento. Seu pai agredia a sua mãe até a fatalidade acontecer, ela...