Capitulo 33 II - Negação indescritível

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⚠️ Atenção, nesse capítulo contém cenas que poderão abalar emocionalmente. Fique a vontade se quiser pular a leitura.⚠️

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@nia_escarlate

Duas semanas atrás

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Duas semanas atrás...

Vejo Jane olhando para a lua cheia da varanda. Ela está segurando firme o pêndulo de cristal enquanto me espera. Eu observo a lua que está redonda e brilhante. O céu está limpo, com poucas nuvens e estrelas tão longes que parece que são pequenos pontos brancos acima de mim.

Meu andar é vacilante e preocupante. Minhas mãos formigam e soam. Meu estômago se revira e dói só de pensar que vou recordar daquele maldito dia. Eu achei que tinha enterrado isso tão profundo a ponto de fingir que nada aconteceu e isso me custou lembranças. Algo naquela conversa deixou ambos nervosos e eu não consigo lembrar o que é.

Eu me sento na poltrona que ajudei a Jane a trazer para fora. Ela disse que ao ar livre ia ser mais fácil de buscar a concentração. A noite está realmente calma, Jane me olha nos olhos e sorrir grande. Eu respiro fundo quando ela se aproxima de mim  sentando num banco à minha frente.

— Você precisa ficar extremamente calma. Eu vou guiar você por toda a lembrança. Só não evite a minha voz, não a enterre no seu subconsciente. — Jane aconselha e eu apenas concordo. — Está pronta? — Ela me pergunta e eu respiro fundo.

— Só me prometa que não vou virar um vegetal. — Eu peço e ela rir.

— Eu prometo, Ella. — Ela diz calma.

— Estou pronta. — Eu digo me sentando mais relaxada na poltrona marrom.

— Olhe atentamente para o cristal enquanto eu o movimento devagar diante dos seus olhos. — Jane começa a dizer, bem calma e relaxada.

Eu me concentro ali, em sua voz. O pingente de cristal se movimenta, bem devagar e meus olhos o acompanha.

— Enquanto eu contar até dez, seus olhos vão pesar e você vai ficar mais relaxada. — Jane orienta enquanto movimenta o cristal um pouco mais rápido.

— Um. Dois. Três. Quatro. Cinco…

Sinto meus olhos pesarem, eu opto por fecha-los. A voz de Jane começa a ficar mais alta em minha cabeça.

— Dez. — Ouço ela dizer. — Agora lentamente abra seus olhos e me diga o que ver. — Jane pede e eu abro os olhos tentando situar onde eu estou.

Eu estou... em casa. Na casa onde eu cresci. Na casa onde minha felicidade correu pra fora e se suicidou após ceder a pressão da raiva e tristeza que eram incontroláveis e más.

— Estou em casa. — Eu digo respirando fundo.

— Entre em casa, Ella. — Jane pede e eu olho pro outro lado da rua, observando a outra que dobra a esquina lembrando de Gabriel e Ananda.

Senhorita A - CEO | Livro I | Trilogia Mulheres Indomáveis | Concluído ✔ Onde histórias criam vida. Descubra agora