Capitulo 68 I - Não quero te ver nunca mais

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@nia_escarlate 

Eu estava agarrada aos meus joelhos, tremendo tanto que os dentes batiam um no outro e fazia um barulho irritante

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Eu estava agarrada aos meus joelhos, tremendo tanto que os dentes batiam um no outro e fazia um barulho irritante. Eu tentava controlar minha respiração erradica, mas o pesadelo tinha dominado o meu corpo.

Medo.

Dor.

Desespero.

Era tudo o que eu sentia e sabia que estava lidando com uma das minhas crises. Eu nunca tive um pesadelo tão intenso como esse, e isso me mantinha encolhida e acuada num canto escuro do meu quarto enquanto a chuva gritava lá fora.

Eram oito horas da manhã, de uma sexta comum. Poderia ser melhor se eu não tivesse sonhado com Alyssa e Fábio. Dessa vez eu não escapava, dessa vez eu não conseguia gritar ou me defender. Eu estava sem voz, eu estava sem esperanças...

Eu me via machucada e chorosa, meus olhos tristes e opacos, vazios e tenebrosos. Eu me via de fora, e era a pior coisa que eu já tinha sentindo em toda a minha vida.

Esse pesadelo se repetiu por uma semana, duros, pesados e aterrorizantes todos os dias. Eu não conseguia mais fechar os olhos, porque sabia para onde a escuridão me levaria então estou a três noites sem dormir.

E sozinha.

Ananda precisou fazer uma viagem com o chefe de extrema urgência, Verônica precisou ir para a Itália e Jane estava incomunicável.

E eu não sabia dele desde que sair de sua casa. Gabriel talvez esteja pensando, reagindo a tudo que aconteceu e desisti de ligar quando caiu pela milésima vez na caixa postal.

Eu estava sozinha.

Isso me apavorava, mas eu estava reagindo. Tentando ao menos sair dessa crise.

O celular toca alto, fazendo minha cabeça criar ecos dolorosos e irritantes. Eu vou de quatro até o aparelho que estava em cima da cama e vejo o número de Fernanda. Era estranho, completamente estranho e em péssima hora, mas resolvi atender.

Suas palavras estavam emboladas, preocupadas. Eu estava tentando fazer o meu cérebro entender tudo que dizia, mas desistir e apenas segui suas instruções.

Tinha algo de errado com Bernardo. Ele não atendia as ligações da empresa e muito menos a de Eduardo, que garantiu que era apenas um resfriado.

Era uma grande mentira até mesmo para ele.

Eu respirei três vezes. Longo e forte fazendo meus pulmões reagirem. Não que eu achasse que ia salvar Bernardo de algo, afinal eu tenho o dedo nisso, mas talvez distribuir e liberar a raiva faria bem a ele.

Todo o processo de levantar, me arrumar, sair doía os meus ossos. A vadia da Alyssa tinha me machucado, e isso estava doendo minha alma que era vingativa o suficiente para acreditar que teria volta.

Senhorita A - CEO | Livro I | Trilogia Mulheres Indomáveis | Concluído ✔ Onde histórias criam vida. Descubra agora