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@nia_escarlate
Eu estava agarrada aos meus joelhos, tremendo tanto que os dentes batiam um no outro e fazia um barulho irritante. Eu tentava controlar minha respiração erradica, mas o pesadelo tinha dominado o meu corpo.
Medo.
Dor.
Desespero.
Era tudo o que eu sentia e sabia que estava lidando com uma das minhas crises. Eu nunca tive um pesadelo tão intenso como esse, e isso me mantinha encolhida e acuada num canto escuro do meu quarto enquanto a chuva gritava lá fora.
Eram oito horas da manhã, de uma sexta comum. Poderia ser melhor se eu não tivesse sonhado com Alyssa e Fábio. Dessa vez eu não escapava, dessa vez eu não conseguia gritar ou me defender. Eu estava sem voz, eu estava sem esperanças...
Eu me via machucada e chorosa, meus olhos tristes e opacos, vazios e tenebrosos. Eu me via de fora, e era a pior coisa que eu já tinha sentindo em toda a minha vida.
Esse pesadelo se repetiu por uma semana, duros, pesados e aterrorizantes todos os dias. Eu não conseguia mais fechar os olhos, porque sabia para onde a escuridão me levaria então estou a três noites sem dormir.
E sozinha.
Ananda precisou fazer uma viagem com o chefe de extrema urgência, Verônica precisou ir para a Itália e Jane estava incomunicável.
E eu não sabia dele desde que sair de sua casa. Gabriel talvez esteja pensando, reagindo a tudo que aconteceu e desisti de ligar quando caiu pela milésima vez na caixa postal.
Eu estava sozinha.
Isso me apavorava, mas eu estava reagindo. Tentando ao menos sair dessa crise.
O celular toca alto, fazendo minha cabeça criar ecos dolorosos e irritantes. Eu vou de quatro até o aparelho que estava em cima da cama e vejo o número de Fernanda. Era estranho, completamente estranho e em péssima hora, mas resolvi atender.
Suas palavras estavam emboladas, preocupadas. Eu estava tentando fazer o meu cérebro entender tudo que dizia, mas desistir e apenas segui suas instruções.
Tinha algo de errado com Bernardo. Ele não atendia as ligações da empresa e muito menos a de Eduardo, que garantiu que era apenas um resfriado.
Era uma grande mentira até mesmo para ele.
Eu respirei três vezes. Longo e forte fazendo meus pulmões reagirem. Não que eu achasse que ia salvar Bernardo de algo, afinal eu tenho o dedo nisso, mas talvez distribuir e liberar a raiva faria bem a ele.
Todo o processo de levantar, me arrumar, sair doía os meus ossos. A vadia da Alyssa tinha me machucado, e isso estava doendo minha alma que era vingativa o suficiente para acreditar que teria volta.
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Senhorita A - CEO | Livro I | Trilogia Mulheres Indomáveis | Concluído ✔
ChickLit🏆1° lugar na categoria romance - Concurso Mystic Queen ESSE LIVRO CONTÉM GATILHOS Antonella Alencastro é uma mulher ambiciosa, de personalidades forte, e é marcada por um passado violento. Seu pai agredia a sua mãe até a fatalidade acontecer, ela...