🏆1° lugar na categoria romance - Concurso Mystic Queen
ESSE LIVRO CONTÉM GATILHOS
Antonella Alencastro é uma mulher ambiciosa, de personalidades forte, e é marcada por um passado violento. Seu pai agredia a sua mãe até a fatalidade acontecer, ela...
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@nia_escarlate
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Confiro o endereço umas duas vezes antes de sair do carro. Então foi aqui que Antonella se escondeu? Uma casa no lago. Eu vejo os vidros da casa abertos e o carro da Antonella está estacionado em frente a casa.
Ela está mesmo aqui.
Eu caminho até a porta nervoso, não sei qual vai ser a reação dela quando me ver. Eu realmente não sei o que farei quando olha-la depois desse pequeno tempo longe. Bato apenas duas vezes na porta e suspiro longamente a sua espera.
Ela abre a porta e parece que meu fôlego inteiro se vai. Ela ia falar algo, porém sua voz se foi igual a minha. Seus cabelos longos e castanhos estão ondulados, seus olhos estão mais claros do que nunca, sua pele parece macia e sedosa. Sua boca avermelhada chama pela minha, mas eu me controlo ao máximo, coloco a mão nos bolsos da jaqueta para elas pararem quietas e eu não a puxar pro meu corpo.
— Bernardo. — Ela diz surpresa. — O que faz aqui? — Ela pergunta segurando a porta firme.
— Eu vim...
— Não estou pronta pra conversar com você. — Ela diz nervosa, apenas isso. Não existe mais raiva, não aquela raiva do dia da praia.
— Você não precisa falar nada. Só me escuta, por favor? — Eu peço devagar e calmo.
Ela olha pra dentro, depois observa os meus olhos e suspira longo.
— Você tem cinco minutos. — Ela diz largando a porta e liberando a passagem pra mim.
— Vou precisar mais do que cinco...
— Tic toc... o tempo ta passando. — Ela debocha séria.
Eu suspiro fundo e junto todas as minhas forças pra falar pra ela tudo o que sinto. Mas paro pra pensar, fechando a boca antes mesmo de dizer algo. Se eu vim aqui, pra falar com ela, eu preciso começar direito.
— Eu vim aqui, não só pra me desculpar. E sim pra dizer que você tem seu parcial de culpa. — Eu digo e ela me encara começando a ficar irritada.
Quando ela ia dizer algo, eu a corto, começando a falar.
— Se não tivesse focada no seu próprio umbigo saberia da verdade. Eu não sou perfeito, Valentina também não é perfeita. Nenhum de nós somos superiores a você, mas também não somos inferiores. Eu errei sim, e te peço perdão por isso. Mas eu não devia te contar nada, é a minha vida, Antonella. Você faz parte da família, eu sei que faz. Mas foi egoísmo da sua parte querer saber um assunto meu. — Eu digo irritado, mas tentando me controlar. — Quando eu voltei pra Amarilis, você ergueu o nariz e jogou na minha cara que sabia de tudo. Então eu achei que você sabia disso também. — Eu desabafo.
