Capitulo 23 II - Leoas farão trovejar

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Eu não gosto de violência

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Eu não gosto de violência. Desde a infância eu nunca suportei violência, e após meses apanhando de Fábio eu passei a não suportar violência. E quando eu chego num estado que eu quero explodir ou simplesmente não consigo respirar, eu viro uma leoa incontrolável.

Eu grito, eu humilho, eu me irrito e surto. Meus olhos me cegam e quando eu percebo o que eu fiz, que bati em alguém, que vejo meus dedos machucados e doloridos, eu não sinto a menor culpa. Queria sentir culpa, queria me sentir horrível depois da briga, mas a raiva não para de dançar dentro de mim.

Eu estava ali, por cima de Ellen, batendo, batendo, batendo e me senti muito bem. Seus gritos, suas ofensas não me alcançavam. Era como se tivesse uma parede grossa e grande de concreto entre nós.

— Você brigando é muito sexy. — Bernardo diz ainda me segurando no colo.

Ele me coloca no chão, e me enconta na lataria do meu carro. Seu perfume me alcança me deixando desnorteada, o aroma da sua boca é doce e gostoso. Olho em seus olhos azuis, que estão mais azuis por causa do sol. Ele cruza os braços, finge uma cara de raiva, que o deixa ainda mais gostoso.

— Gosta de mulheres que brigam? — Eu pergunto sem desgrudar meus olhos dos dele.

— Gostei de você brigando. — Ele diz também mantendo a conexão dos nossos olhos e eu sorrio. — Mas devo te repreender então, não brigue mais. Tente conversar. — Ele diz abrindo um sorriso grande e feliz.

— Conversar com aquela vigarista? Impossível. — Eu digo fechando a cara. — E não me arrependo e faria de novo se possível. — Eu digo.

Ele mantém o contato visual. Tentando, miseravelmente, manter o olhar duro e a expressão fechada e tenebrosa. Mas segundo depois ele solta uma risada gostosa que faz meus pêlos se arrepiarem.

— Okay lutadora. Que tal eu te levar pra casa e acalmar seus nervos? — Ele diz agora com a voz calma e se aproxima mais de mim.

— Antonella? — Ouço a voz de Valentina e eu me afasto olhando pra ela que está na porta de casa.

— Eu não quero...

— Estou te esperando no jardim. — Valentina diz me cortando e entra na casa.

— Que mulher insuportável! — Eu digo alto e suspiro.

Eu realmente não queria conversar com ela. Não agora. Nada de produtivo ou bom sairá da minha boca e a culpa vai ser dela por não me dar um espaço.

— Eu tenho que resolver algumas coisa, mas se precisar de mim, é só me ligar. — Bernardo diz e eu forço um sorriso e vou seguindo em direção a entrada da casa.

Senhorita A - CEO | Livro I | Trilogia Mulheres Indomáveis | Concluído ✔ Onde histórias criam vida. Descubra agora