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@nia_escarlate
— Me diz, por favor, me diz o que fizeram depois? — Sabrine me seguia no corredor da empresa, eu estava sorrindo, mas ela não conseguia ver.
Eu coloco as mãos no bolso clicando com a outra livre no botão do elevador e olhando ansiosamente no relógio a hora do meu encontro com a Antonella.
— Você vai mesmo me deixar assim, curiosa? — sua voz novamente surge e eu solto um sorriso de canto — Achei que eu fosse sua amiga!
Eu poderia dizer que em dois anos Sabrine tinha mudado, ou ao menos estava tentando mudar. Fizemos um acordo, se ela procurasse um psicólogo para descobrir mais sobre si mesma e sua personalidade eu procuraria um para resolver a questão com a bebida. Acabou que fomos um o ombro do outro. Nesses dois anos Sabrine tinha sido a minha melhor amiga da mesma forma que eu fui o melhor amigo dela. A acompanhei até o novo trabalho, conheci alguns dos seus namorados, segurei o seu cabelo quando ela vomitou, deixei que ela chorasse no meu ombro e dormisse com a cabeça apoiada na minha perna.
Era como se nunca tivesse tido um clima ruim entre nós. No começo não foi fácil, mas prometemos pelo Téo que íamos mudar, e realmente mudamos. Ela continuava a mesma mulher que eu conheci, com um espirito livre, bonita, engraçada e muito companheira, mas continuava com a intensidade de sempre. Onde tudo é oito ou oitenta. Era um traço da sua personalidade que não havia como mudar, apenas controlar.
Eu gostava de como ela tinha amadurecido e tinha me apoiado na maioria das minhas decisões. Começou a me dar conselhos e a me tirar de qualquer loucura que eu me enfiasse. O amor cego de Sabrine tinha finalmente sido erradicado. Agora ela tinha mais amor próprio e eu estava feliz por ela.
— Você já sabe...
— Se soubesse não estraria aqui na minha hora de almoço perguntando.
Eu encaro os azuis dos dela, que juntas as mãos em prese. Eu solto uma risada que a deixa furiosa. O elevador chega e ela passa na minha frente me impedindo de entrar.
— Ou me conta ou eu travo o elevador e você não vai onde quer ir — eu solto um suspiro e ela abre um sorriso sabendo que ia ter o que queria.
— Naquela noite só dormimos na mesma cama, acabamos com uma garrafa de vinho e ficamos deitados contando um sobre a vida do outro, nem lembro quando pegamos no sono — ela sai da porta do elevador me puxando para dentro apertando no térreo.
— Ela se declarou para você? — a curiosidade de Sabrine estava até em sua voz.
— Não exatamente...
— O que isso quer dizer? — ela me vira para ela.
— Não sei — eu coço a cabeça e ela suspira.
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Senhorita A - CEO | Livro I | Trilogia Mulheres Indomáveis | Concluído ✔
Literatura Feminina🏆1° lugar na categoria romance - Concurso Mystic Queen ESSE LIVRO CONTÉM GATILHOS Antonella Alencastro é uma mulher ambiciosa, de personalidades forte, e é marcada por um passado violento. Seu pai agredia a sua mãe até a fatalidade acontecer, ela...