Eu ando de um lado para o outro, nervoso, preocupado e apreensivo. Meu corpo está suado, tenso e minhas mãos doloridas demais, mas nada me dói mais do que o silêncio dela.
- Nada? - Eu pergunto a Valentina que balança a cabeça negativamente.
Eu jogo a garrafa de whisky que estava na minha mão na parede e passo a mão pelo meu cabelo completamente enjuriado.
- Eu vou tentar de novo...
- A culpa disso é sua! - Eu digo olhando para Valentina que está sentada no sofá com o celular na mão.
- Ela está bem. - Valentina diz se levantando e vindo na minha direção.
- Faz um mês, Valentina! Um mês que não temos notícias dela. Não sabemos onde ela está ou com quem está. Se estar bem, ou... qualquer coisa! Não sabemos de nada, silêncio total. - Eu digo com raiva.
Eu estou remoendo aquela conversa na praia até hoje. Eu não estou conseguindo dormir sóbrio, não consigo trabalhar eu... estou enlouquecendo com o silêncio dela. Nenhuma mensagem, nem ligação, nada!
- Você precisa ficar calmo. - Valentina diz e para ao meu lado.
- Fica calma como você? Que parece que não se importa por ela não falar com ninguém além da Ananda e a Fernanda? Não sou tão sangue frio como você. - Eu digo olhando em seus olhos e ela relaxa os ombros.
- Do que adianta ficar como você? Está se afundando atoa. Não dorme sem encher cara! Não sai daquela academia, parece que está morando lá. Mal fala com Sabrine...
- Minha obrigação é com o Téo. - Eu digo e suspiro. - Eu nem devia está falando com você. - Eu digo saindo dali e deixando ela sozinha na sala.
Negativo. O teste de D.N.A deu negativo. E Antonella nem sabe, porque não quer saber de nada que venha de mim ou de Valentina. Ela está certa, aquela mulher é um poço obscuro de mentiras. Antonella está me dando o silêncio dela, e eu dando o meu para Valentina. Eu estou cansado demais, brigamos no dia em que o resultado chegou, mas agora eu não consigo mais nem olhar pra ela direito.
Subo as escadas e abro a porta do meu quarto, Sabrine está com o Téo em cima da minha cama, eles estão brincando com alguma coisa que eu não consigo ver, mas ignoro e vou para o banheiro tomar um banho.
A água quente é uma das coisas que me relaxam, mas a principal é a bebida. Eu... não devia está assim, mas não consigo carregar isso sozinho, e também não estou tentando.
- Podemos conversar agora? - Sabrine pergunta colocando as mãos no bolso da calça jeans.
Eu encaro o seu rosto ainda machucado, com leves lesões agora. No dia estava horrível, muito inchado e sangrento. Depois foi ficando roxo, com vários hematomas, e agora, um mês depois, tem poucos lugares que ainda estão avermelhados. Na área da boca, da bochecha direita e um pouco do pescoço também está irritado.
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Senhorita A - CEO | Livro I | Trilogia Mulheres Indomáveis | Concluído ✔
ChickLit🏆1° lugar na categoria romance - Concurso Mystic Queen ESSE LIVRO CONTÉM GATILHOS Antonella Alencastro é uma mulher ambiciosa, de personalidades forte, e é marcada por um passado violento. Seu pai agredia a sua mãe até a fatalidade acontecer, ela...