Capítulo 68 III - Te protegerei com minha vida se precisar

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@nia_escarlate

Toda a cena passava novamente diante dos meus olhos

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Toda a cena passava novamente diante dos meus olhos. Eu estava sufocada, eu estava presa dentro das minhas memorias mais obscuras.

Eu estava travada, isolada num canto escuro da minha mente, ao menos ali era calmo. O que me perturbava era o som do disparo.

Era alto, ensurdecedor, apavorante e eu olhava para as minhas mãos completamente sujas de sangue enquanto elas tremiam de desespero.

Eu estava desesperada.

Minhas pernas não reagiam, meu corpo parecia ainda mais pesado. Minhas costelas doíam e ardiam. O golpe que Fábio me deu foi duro, certeiro e completamente despreocupado. Mas tudo aconteceu tão rápido, tudo saiu pelas minhas mãos como se fossem areia. Areias vermelhas que caiam no chão como som de gota da chuva. A correnteza levava o liquido vermelho para longe, mas toda a minha dor continuava presente.

O que eu fiz?

O que eu deveria ter feito de melhor?

O que eu poderia mudar para não acabar nessa situação?

Fábio me deu um soco no rosto, seguido de outro, e outro. Tudo isso enquanto Bernardo olhava, enquanto ele sofria. O grandalhão se levantou e pegou ele de surpresa, ele não esperava, eu não esperava e foi aí que caímos.

Caímos num abismo. Não conseguia visualizar o chão, mas sentíamos que ao cair morreríamos.

— OLHA BEM PARA ELA! — Eu ouvia bem ao longe o grandalhão debochar de mim para Bernardo.

Tudo estava acontecendo rápido demais, e tudo isso porque eu o machuquei. Eu ludibriei e zombei da cara de Fábio ao acertar o canivete em seu ombro, ele gemeu de dor e caiu de joelhos, mas ele não estava derrotado. Eu só tinha o provocado e ele me olhou com aqueles olhos que eu tanto temia. Era ódio, uma fúria incontrolável e desprezo.

Ele tirou o canivete o jogando para longe e riu, riu da minha fatídica coragem e rebeldia. Ele avançou para cima de mim, e Bernardo tomou minha frente, mas o grandalhão o puxou para o lado e o acertou certeiramente no rosto o fazendo cambalear e cair bem aos meus pés.

Eu gritei, gritei e xinguei. Até bati em Fábio, eu revidei, mas infelizmente eu era fraca. Eu não podia fazer mais nada e sabia que tudo era culpa minha.

Meus olhos estavam inchados, mas eu enxergava Bernardo, eu via o desespero em seu rosto e conseguia ouvir um pouco da sua voz de raiva. Ele gritava para parar, gritava que iam se arrepender e no final ele implorou para que Fábio batesse nele e não a mim.

Isso fez Fábio parar com o punho fechado em minha direção. Bem na frente do meu nariz, e ele olhou para Bernardo, ele o encarou por poucos segundos antes de me pegar pelo cabelo e me arrastar até ele.

Senhorita A - CEO | Livro I | Trilogia Mulheres Indomáveis | Concluído ✔ Onde histórias criam vida. Descubra agora